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Alvo de inquérito de impeachment, Trump defende uso de advogado pessoal em investigação na Ucrânia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump - Leah Millis/Reuters
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump Imagem: Leah Millis/Reuters

Steve Holland e Lisa Lamber

Em Washington

22/11/2019 13h14

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu hoje ter recorrido ao seu advogado pessoal, Rudy Giuliani, para tratar com a Ucrânia agora que o papel de Giuliani é alvo de um escrutínio cada vez maior no inquérito de impeachment liderado pelos democratas na Câmara dos Deputados.

Um dia após a conclusão de audiências públicas no Comitê de Inteligência da Câmara, Trump disse no programa "Fox & Friends" da Fox News que orientou Giuliani a enfrentar a corrupção na Ucrânia por ele ter a reputação de ser um "grande combatente do crime".

"Rudy Giuliani é um dos maiores combatentes do crime de todos os tempos", disse Trump a respeito do ex-prefeito da cidade de Nova York. Ele disse que a Ucrânia é um país notoriamente corrupto e que Giuliani era a pessoa certa para o trabalho.

Uma questão-chave no inquérito é por que Trump usou seu advogado pessoal nesse papel e não nos canais usuais do governo. Durante as audiências, atuais e ex-funcionários e diplomatas da Casa Branca expressaram alarme pelas atividades de Giuliani, como tentar pressionar a Ucrânia a realizar duas investigações que poderiam prejudicar adversários políticos de Trump.

As audiências podem pavimentar o caminho para a Câmara, controlada pelos democratas, aprovar artigos de impeachment — acusações formais— contra Trump. Isso levaria a um julgamento no Senado sobre a condenação de Trump por essas acusações e a remoção do cargo. Os republicanos controlam o Senado e mostraram pouco apoio para remover Trump.

Assumindo que a Câmara aprovará artigos de impeachment contra si, Trump disse que quer um julgamento de impeachment no Senado, onde acredita que o resultado lhe seria mais favorável.

Trump disse que uma das testemunhas que gostaria de ouvir em um julgamento no Senado é o delator cujo relatório levou ao inquérito de impeachment. A identidade do delator continua em segredo.

"Quero um julgamento", afirmou.