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Anvisa não tem razão para não autorizar teste com vacina chinesa contra Covid, diz Doria

Governador de São Paulo, João Doria (PSDB)  - Por Pedro Fonseca
Governador de São Paulo, João Doria (PSDB) Imagem: Por Pedro Fonseca

03/07/2020 14h17

Por Pedro Fonseca

(Reuters) - O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta sexta-feira que não existe nenhuma razão para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não conceder autorização para que a potencial vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac seja testada no país, acrescentando que aguarda aprovação a qualquer momento.

Os estudos com a possível vacina da Sinovac no Brasil serão liderados pelo Instituto Butantan, vinculado ao governo paulista, que assinou acordo com a companhia chinesa que inclui, além dos testes, a transferência de tecnologia para a produção local, caso se mostre eficaz.

"Ainda não recebemos autorização da Anvisa. Falei ontem com o Dimas Covas, nosso presidente do Instituto Butantan, que é a referência no contato com a Anvisa. A expectativa é que a qualquer momento a Anvisa deve oferecer essa confirmação e autorização para darmos sequência a essa terceira fase, até porque não há nenhuma razão para que isso não aconteça, tanto quanto o caso da vacina de Oxford", disse Doria em entrevista coletiva no Palácio Bandeirantes, sede do governo paulista.

Questionada sobre o processo de análise do ensaio clínico, a Anvisa informou nesta semana, por meio de assessoria de imprensa, que seu corpo técnico está em contato com o Butantan e com a Sinovac desde o anúncio da parceria para os testes da potencial vacina no Brasil, em 11 de junho, “para analisar e sanar questões técnicas envolvidas na autorização do estudo clínico”.

Informou ainda que, embora o processo esteja em estágio “avançado”, não há previsão para que a análise da agência reguladora seja concluída, “mas a expectativa é que isso ocorra logo”.

Além do possível teste com a vacina da Sinovac, já está sendo testada no Brasil uma potencial vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, em parceria com a farmacêutica AstraZeneca. Esse estudo está sendo liderado no Brasil pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e o Ministério da Saúde já anunciou acordo para produzi-la localmente, caso se mostre eficaz.