Biden apresentará plano para combater desigualdades raciais
O candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, explicará como tratará do racismo sistemático e da desigualdade econômica racial nos Estados Unidos em um discurso hoje, delineando o quarto e último pilar de seu plano abrangente par revitalizar a economia abalada pelo coronavírus.
Em um evento em sua cidade-natal de Wilmington, no Delaware, o ex-vice-presidente tentará mais uma vez ressaltar o contraste entre sua visão para uma recuperação econômica e o que ele criticou como uma reação desastrosa do atual presidente, o republicano Donald Trump, seu adversário na eleição de 3 de novembro, à pandemia.
Meses de protestos desencadeados pela morte do negro George Floyd sob custódia da polícia em Mineápolis lançaram a questão racial no centro da campanha. Na semana passada, Biden classificou Trump como o primeiro racista a se tornar presidente dos EUA, uma declaração que a campanha de reeleição de Trump repudiou rapidamente.
Biden apresentou as três primeiras partes de sua plataforma "Reconstrua Melhor" em discursos recentes nos poucos eventos aos quais compareceu em pessoa durante a pandemia.
Ele concebeu propostas para fortalecer a manufatura e a inovação, combater a mudança climática investindo trilhões de dólares em energia limpa e gastar centenas de bilhões de dólares para melhorar o acesso de crianças e idosos à saúde.
Embora algumas das propostas de Biden possam ser concretizadas por meio de decretos presidenciais, os itens mais custosos exigiriam aprovação do Congresso — o que poderia se tornar uma tarefa difícil se os republicanos mantiverem o comando do Senado após as eleições de novembro.
A campanha não detalhou como cada proposta seria financiada, mas disse que elevar o imposto corporativo para 28%, revertendo os cortes de impostos de Trump para os norte-americanos mais ricos e eliminando brechas fiscais, cobriria a maior parte do custo.
Biden, do qual se espera um anúncio de seu vice de chapa em breve, está sendo cada vez mais pressionado a escolher uma mulher negra como vice-presidente.
A três meses da eleição presidencial, ele está à frente de Trump em pesquisas nacionais de intenção de voto.
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