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PGR pede que delatores da J&F expliquem repasses de R$ 9,8 mi da JBS a Wassef

Advogado Frederick Wassef trabalhou para a família Bolsonaro e está sob investigação do MPRJ - Gabriela Biló/Estadão Conteúdo
Advogado Frederick Wassef trabalhou para a família Bolsonaro e está sob investigação do MPRJ Imagem: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo

Ricardo Brito

26/08/2020 16h44Atualizada em 26/08/2020 18h01

BRASÍLIA (Reuters) - A Procuradoria-Geral da República (PGR) deu prazo de 10 dias para que delatores premiados da J&F expliquem repasses da JBS S.A. para o escritório de advocacia de Frederick Wassef no valor de 9,8 milhões de reais entre os anos de 2015 e 2020, segundo documento visto pela Reuters nesta quarta-feira.

Essa movimentação financeira milionária, conforme a PGR, foi registrada em relatório do Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf) e revelada em reportagem da revista eletrônica Crusoé da semana passada.

Wassef trabalhou para a família do presidente Jair Bolsonaro e está sob investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro.

O pedido de explicações da equipe do procurador-geral, Augusto Aras, foi feito no âmbito de uma apuração preliminar que a PGR abriu para saber se os repasses tiveram influência no acordo de colaboração premiada fechado por executivos do grupos com a cúpula do Ministério Público Federal.

Procurados, Wassef e os delatores não responderam aos pedidos de comentário de imediato.

Augusto Aras —assim como os antecessores Rodrigo Janot e Raquel Dodge— defende a rescisão do acordo de delação de executivos do grupo após apontarem supostas irregularidades.

O Supremo Tribunal Federal (STF) chegou a incluir esse caso na pauta do plenário em junho, mas posteriormente foi retirado em meio à pandemia do novo coronavírus. Não há data para ser julgado.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do infomado no título, PGR pede que delatores da J&F expliquem repasses, e não delatores da JBS. A informação foi corrigida.