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Holanda tem recorde de casos de covid-19 e Berlim impõe toque de recolher

O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, discursa em Haia sobre medidas para conter coronavírus - Remko de Waal/18.set.2020/AFP
O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, discursa em Haia sobre medidas para conter coronavírus Imagem: Remko de Waal/18.set.2020/AFP

Anthony Deutsch

10/10/2020 14h30Atualizada em 11/10/2020 12h28

A Holanda teve recorde de casos diários de coronavírus, atingindo quase 6.500 infecções nas últimas 24 horas, segundo dados divulgados neste sábado.

O governo tem alertado que novas restrições serão impostas no país, um dos mais atingidos pelo que está sendo chamado de segunda onda de Covid-19 na Europa, se o número de infecções não cair neste final de semana.

Toque de recolher em Berlim

Enquanto isso, Berlim, capital Alemanha, decretou, a partir de hoje, o fechamento de bares e restaurantes entre 23h e 6h, além de lojas ou outros estabelecimentos comerciais, para controlar o aumento do número de casos. Outras cidades, como Colônia e Frankfurt, já determinaram medidas similares.

O toque de recolher em Berlim será instaurado até o dia 31 de outubro. Apenas farmácias e postos de combustível poderão abrir as portas. "Este não é o momento de festejar", disse o prefeito da capital alemã, Michael Müller, justificando a medida.

"Nós podemos e queremos impedir um novo confinamento, ainda mais restritivo", disse, citando particularmente o "mau comportamento" dos alemães na faixa etária entre 20 e 40 anos.

"Depois de três taças de vinho, as medidas de distanciamento social tendem a ser menos respeitadas", acrescentou o secretário de Justiça da cidade, Dirk Behrendt.

Já nos Estados Unidos, parte da comunidade judaica ortodoxa em Nova York está se rebelando contra as restrições destinadas a conter um novo surto de covid-19.

Sexta-feira, último dia do feriado de Sucot, marcou a entrada em vigor das restrições anunciadas na terça pelo governador democrata Andrew Cuomo.

Além do máximo de 10 pessoas por sinagoga e outros locais de culto, o fechamento de comércios não essenciais também está previsto.

Mas alguns membros da comunidade judaica ortodoxa, incluindo muitos apoiadores do presidente republicano Donald Trump, estavam determinados a não obedecer às restrições.