Biden e Suga devem se unir em defesa de Taiwan diante de pressão crescente da China
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, mostrarão união em defesa de Taiwan, a questão territorial mais delicada da China, em uma cúpula hoje, de acordo com uma autoridade norte-americana de alto escalão.
Biden e Suga devem combinar um comunicado conjunto sobre a ilha de governo democrático reivindicada por Pequim no primeiro encontro cara a cara de Biden com um líder estrangeiro, disse o funcionário, que falou pedindo anonimato.
O presidente e o premiê também debaterão o tratamento chinês aos muçulmanos na região de Xinjiang e a influência da China sobre Hong Kong, ao mesmo tempo em que anunciarão um investimento japonês de 2 bilhões de dólares em telecomunicações 5G em contraposição à chinesa Huawei Technologies.
"Vocês viram uma série de comunicados tanto dos Estados Unidos quanto do Japão sobre as circunstâncias no estreito, sobre nosso desejo de manutenção da paz e da estabilidade, de preservação do status quo, e acredito que vocês verão tanto um comunicado formal quanto consultas sobre estas questões", disse o funcionário graduado aos repórteres.
A última vez em que líderes dos EUA e do Japão se referiram a Taiwan em um comunicado conjunto foi em 1969, quando o premiê japonês disse que a manutenção da paz e da segurança na "área de Taiwan" era importante para sua própria segurança —algo ocorrido antes de Tóquio normalizar as relações com Pequim.
Agora a medida visa aumentar a pressão sobre a China, mas tal comunicado provavelmente ficará aquém do que os EUA estavam esperando de Suga, que herdou uma política para a China que tentou equilibrar preocupações de segurança com laços econômicos profundos quando assumiu o cargo em setembro.
Em um comunicado emitido após uma reunião de março entre os ministros da Relações Exteriores e da Defesa dos EUA e do Japão, os dois lados "sublinharam a importância da paz e da estabilidade no Estreito de Taiwan" e compartilharam "preocupações sérias" com os direitos humanos em Hong Kong e Xinjiang.
O funcionário norte-americano disse que o comunicado da cúpula seguirá "habilmente" por este caminho e que os dois países deveriam enviar um sinal claro de que o envio de aviões de guerra chineses ao espaço aéreo de Taiwan é incompatível com a paz e a estabilidade.
(Reportagem adicional de Yew Lun Tian em Pequim e Ben Blanchard em Taipé)
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