Anvisa orienta suspensão de vacina da AstraZeneca para grávidas após morte de gestante
Por Eduardo Simões e Rodrigo Viga Gaier
SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) orientou na noite de segunda-feira a suspensão da aplicação da vacina contra Covid-19 da AstraZeneca em grávidas, após a morte de uma gestante no Rio de Janeiro que havia tomado o imunizante.
Em nota, a Anvisa não citou a morte da gestante --confirmada à Reuters pelo secretário estadual de Saúde do Rio, Alexandre Chieppe--, mas disse que a medida foi resultado do monitoramento da vacina.
"A orientação da Anvisa é que a indicação da bula da vacina AstraZeneca seja seguida pelo Programa Nacional de Imunização (PNI). A orientação é resultado do monitoramento de eventos adversos feito de forma constante sobre as vacinas Covid em uso no país", afirmou a agência.
Após a orientação da Anvisa, o governo de São Paulo suspendeu a vacinação de grávidas com comorbidade contra Covid-19, que começaria no Estado nesta terça, enquanto o do Rio de Janeiro anunciou a interrupção da vacinação de todas as gestantes contra Covid-19.
"Sabemos que foi uma morte recente de uma grávida aqui na capital após tomar a vacina", disse Chieppe à Reuters. "(A suspensão) foi uma medida preventiva até que surjam novas orientações do Ministério da Saúde", acrescentou.
A prefeitura de Porto Alegre também suspendeu a vacinação de grávidas contra a Covid-19. Procurado, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) informou que aguarda uma orientação do Programa Nacional de Imunização (PNI), do Ministério da Saúde, para adotar uma posição.
Uma fonte ligada à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que está envasando e distribuindo doses da vacina da AstraZeneca ao PNI do Ministério da Saúde, confirmou o óbito de uma gestante, mas alertou que a recomendação da suspensão da aplicação por precaução é padrão nesses casos.
Em nota, a AstraZeneca afirmou que grávidas e lactantes não participaram dos testes clínicos da vacina contra Covid-19 que desenvolveu com a Universidade de Oxford, no Reino Unido.
Procurados, o Ministério da Saúde e a Fiocruz não responderam imediatamente a um pedido de comentário.
(Reportagem adicional de Lisandra Paraguassu, em Brasília)
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