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Regime de vacinação em duas doses induz menos anticorpos contra ômicron, diz estudo

23.nov.2021 - Enfermeira prepara dose da vacina da Pfizer contra a covid-19, na França; vacinação - Eric Gaillard/Reuters
23.nov.2021 - Enfermeira prepara dose da vacina da Pfizer contra a covid-19, na França; vacinação Imagem: Eric Gaillard/Reuters

Pushkala Aripaka

Da Reuters em Bengaluru

13/12/2021 10h02Atualizada em 13/12/2021 10h14

Regimes de vacinas contra covid-19 de duas doses não induzem anticorpos neutralizadores suficientes contra a variante ômicron do coronavírus, descobriram cientistas britânicos, o que indica que um aumento de infecções em pessoas já infectadas ou vacinadas pode ser provável.

Pesquisadores da Universidade de Oxford publicaram nesta segunda-feira os resultados de um estudo, ainda não submetido à comunidade científica, no qual analisaram amostras de sangue de participantes que receberam doses da AstraZeneca-Oxford ou da Pfizer-BioNTech, em um estudo amplo que analisou misturas de vacinas.

Os resultados chegam um dia depois de o primeiro-ministro Boris Johnson alertar que duas doses não bastariam para conter a ômicron na esteira de descobertas da semana passada da agência de saúde do Reino Unido segundo as quais reforços restauram consideravelmente a proteção contra a variante.

O estudo de Oxford disse ainda não haver indícios de que o nível mais baixo de anticorpos que combatem infecções contra a ômicron poderia aumentar o risco de doenças graves, hospitalizações ou morte naqueles que receberam duas doses de vacinas aprovadas.

"Estes dados são importantes, mas são só parte do quadro. Eles só analisam anticorpos neutralizadores depois da segunda dose, mas não nos dizem nada sobre a imunidade celular, e isto também será testado", disse Matthew Snape, professor de Oxford e coautor do estudo.