Ômicron contorna imunidade melhor que Delta, aponta estudo dinamarquês
A variante Ômicron do coronavírus contorna melhor a imunidade das pessoas vacinadas do que a variante Delta, de acordo com um estudo dinamarquês publicado na semana passada, o que ajuda a explicar por que a Ômicron está se espalhando mais rapidamente.
Desde a descoberta em novembro da altamente mutada variante Ômicron, cientistas têm se apressado para descobrir se a causa casos menos graves da doença e por que parece ser mais contagiosa do que a variante Delta, antes dominante.
Um vírus pode ser mais transmissível por uma série de razões, como o tempo que permanece no ar, sua capacidade de se prender às células ou sua evasão do sistema imunológico do corpo humano.
Ao investigar cerca de 12 mil famílias dinamarquesas em meados de dezembro, os cientistas descobriram que a Ômicron é entre 2,7 a 3,7 vezes mais infecciosa do que a variante Delta entre dinamarqueses vacinados.
O estudo, conduzido por pesquisadores da Universidade de Copenhague, Statistics Denmark e do Statens Serum Institut (SSI), sugere que o vírus está se espalhando mais rapidamente porque é melhor em escapar da imunidade obtida por meio das vacinas.
"Nossas descobertas confirmam que a rápida disseminação da (variante) Ômicron pode ser atribuída principalmente à evasão do sistema imunológico, em vez de um aumento inerente na transmissibilidade básica", disseram os pesquisadores. O estudo ainda não foi revisado por pares.
O estudo também descobriu que pessoas vacinadas com a dose de reforço têm menos probabilidade de transmitir o vírus, independentemente da variante, do que as não vacinadas.
Embora mais transmissível, a variante Ômicron parece induzir a formas menos graves da doença, disse a diretora técnica do SSI, Tyra Grove Krause, à imprensa local nesta segunda-feira.
"Embora a Ômicron ainda seja capaz de exercer pressão sobre nosso sistema de saúde, tudo indica que é mais suave do que a variante Delta", disse ela, acrescentando que o risco de ser hospitalizado com Ômicron é metade do que com a Delta.
"Isso pode nos tirar da pandemia, de modo que se torne a última onda de coronavírus", disse Krause.
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