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Ocupação de UTIs é crítica em 8 estados e no DF, aponta boletim da Fiocruz

03/02/2022 14h28Atualizada em 03/02/2022 19h12

Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - A taxa de ocupação de leitos de UTIs para tratamento da Covid-19 no Brasil segue elevada em meio ao avanço da altamente transmissível variante Ômicron do coronavírus, segundo boletim de acompanhamento da pandemia no país divulgado hoje por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que apontou uma espécie de "interiorização" dessa cepa.

Em relação aos Estados, oito mais o Distrito Federal estão em situação considerada crítica (com taxa de ocupação de 80% ou mais): Amazonas (80%), Piauí (87%), Pernambuco (88%), Mato Grosso do Sul (103%), Mato Grosso (86%), Goiás (91%), Espírito Santo (83%), Rio Grande do Norte (86%) e Distrito Federal (97%).

Houve aumentos nas taxas de ocupação de UTIs do Amazonas (75% para 80%), Piauí (82% para 87%), Paraíba (28% para 41%), Pernambuco (81% para 88%), Alagoas (53% para 69%), Bahia (67% para 74%), Minas Gerais (28% para 37%), São Paulo (66% para 72%), Paraná (61% para 72%), Santa Catarina (53% para 76%), Mato Grosso do Sul (80% para 103%), Mato Grosso (78% para 86%) e Goiás (82% para 91%).

Em contrapartida, conforme a sondagem, registram-se quedas nas taxas em Rondônia (65% para 58%) e Ceará (75% para 67%), possivelmente respondendo ao acréscimo de leitos.

Na sondagem anterior, entre os dias 17 e 24 do mês passado, 12 unidades da federação estavam com patamar crítico, 12 no nível intermediário e oito fora da zona de alerta.

"O comportamento das taxas de ocupação em Estados e capitais parecem apontar, em alguma medida, para a interiorização de casos de Covid-19 pela variante Ômicron, com algumas capitais já apresentando mais estabilidade ou mesmo queda nas suas taxas, enquanto as taxas dos Estados crescem expressivamente", disse o boletim.

Entre 25 capitais com taxas de ocupação de UTIs divulgadas, em levantamento realizado entre os dias 24 e 31 de janeiro, 13 estão na zona de alerta crítico (acima de 80% das vagas), nove na zona de alerta de intermediário (quando a ocupação das UTIs está entre 60% e 79%) e oito fora da zona de alerta (abaixo de 60%).

Pela sondagem, constavam em zona de alerta crítico: Manaus (80%), Macapá (82%), Teresina (83%), Fortaleza (80%), Natal (percentual estimado de 89%), Maceió (81%), Belo Horizonte (86%), Vitória (80%), Rio de Janeiro (95%), Campo Grande (109%), Cuiabá (92%), Goiânia (91%) e Brasília (97%).

No nível intermediário, por sua vez, estavam Porto Velho (77%), Rio Branco (70%), Palmas (72%), São Luís (64%), Recife (77%, considerando somente leitos públicos municipais), Salvador (68%), São Paulo (75%), Curitiba (71%) e Florianópolis (68%).

"O comportamento das taxas de ocupação em Estados e capitais parecem apontar, em alguma medida, para a interiorização de casos de Covid-19 pela variante Ômicron, com algumas capitais já apresentando mais estabilidade ou mesmo queda nas suas taxas, enquanto as taxas dos Estados crescem expressivamente", disse o boletim.

O avanço da Ômicron fez o país nas últimas semanas bater recordes de contágio pela Covid-19. Contudo, o número de mortes — embora tenha aumentado — não subiu na mesma proporção dos casos em razão do avanço da vacinação no país.