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Varíola dos macacos pode ser contida se agirmos agora, diz OMS

Tubos de ensaio rotulados como "Vírus de varíola de macaco positivo" são vistos nesta ilustração em 22 de maio - CDC/via REUTERS
Tubos de ensaio rotulados como "Vírus de varíola de macaco positivo" são vistos nesta ilustração em 22 de maio Imagem: CDC/via REUTERS

Mrinalika Roy e Emma Farge

Reuters, Genebra

27/05/2022 09h55

Uma autoridade graduada da Organização Mundial da Saúde (OMS) disse nesta sexta-feira que a prioridade precisa ser conter a varíola dos macacos em países não endêmicos, dizendo que isso pode ser alcançado por meio de ações rápidas.

A varíola dos macacos, normalmente uma infecção viral leve, é endêmica em países africanos, mas sua disseminação para países não endêmicos, como na Europa e nos Estados Unidos, levantou preocupações. Até agora, existem mais de 200 casos confirmados ou suspeitos em cerca de 20 países onde o vírus não circulava anteriormente.

"Acreditamos que, se adotarmos as medidas corretas agora, podemos contê-la facilmente", disse Sylvie Briand, diretora da OMS para Preparação Global para Riscos Infecciosos, em um briefing técnico para os Estados-membros na assembleia anual da agência de saúde da Organização das Nações Unidas (ONU).

Ela enfatizou que há uma janela de oportunidade para evitar uma maior disseminação, pedindo à população em geral que não se preocupe, pois a transmissão é muito mais lenta do que outros vírus, como o coronavírus.

Autoridades da OMS disseram que não há necessidade de vacinação em massa no momento, mas a vacinação direcionada, quando disponível, para contatos próximos de pessoas infectadas.

"Investigação de casos, rastreamento de contatos, isolamento em casa serão as melhores apostas", disse Rosamund Lewis, chefe do secretariado de varíola da OMS, que faz parte do Programa de Emergências da OMS.