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Bolsonaro sobre atos em 7 de setembro: 'Ninguém quer dar golpe, vai ter eleição'

O presidente Jair Bolsonaro durante sessão solene para promulgação das emendas constitucionais no Senado - FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
O presidente Jair Bolsonaro durante sessão solene para promulgação das emendas constitucionais no Senado Imagem: FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Lisandra Paraguassu

02/08/2022 09h47Atualizada em 02/08/2022 09h58

O presidente Jair Bolsonaro voltou nesta terça-feira a convocar seus apoiadores para manifestações no dia 7 de setembro, mas descartou que o protesto seja para "fechar isso ou aquilo" e garantiu que haverá eleições neste ano.

"Ninguém quer dar golpe, vai ter eleição. Mas queremos transparência", disse o presidente em entrevista à Rádio Guaíba, de Porto Alegre, na qual repetiu as alegações falsas e sem fundamentos que faz frequentemente sobre o sistema eleitoral brasileiro e as urnas eletrônicas.

Bolsonaro alegou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) convidou as Forças Armadas para participar da comissão de transparência eleitoral e disse, equivocadamente, que a corte se recusou a aceitar sugestões feitas pelos militares.

"Nunca havia convocado movimento de rua, mas estamos convidando agora para o 7 de setembro", afirmou. "Da nossa parte não queremos protesto para fechar isso ou aquilo."

Nos grupos bolsonaristas, no entanto, os ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e aos ministros da corte continuam e são um dos temas das convocações para os protestos. Em outras manifestações de apoiadores de Bolsonaro no passado simpatizantes pediram o fechamento do Supremo e uma intervenção militar no país.

Na entrevista, Bolsonaro chamou o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, de "mentiroso" e "criminoso" e classificou as declarações dadas na véspera pelo presidente do Supremo, Luiz Fux, favoráveis e elogiosas às urnas eletrônicas, de "no mínimo equivocadas" e "fake news".