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Dalai Lama foi "rotulado injustamente" por causa de vídeo com criança, diz governo tibetano exilado

O 14º Dalai Lama, Gyalwa Rinpoche - Getty Images
O 14º Dalai Lama, Gyalwa Rinpoche Imagem: Getty Images

Rupam Jain

Em Nova Délhi, na Índia

14/04/2023 18h00Atualizada em 14/04/2023 18h00

O chefe do governo exilado do Tibete defendeu nesta quinta-feira o Dalai Lama por conta de um vídeo no qual ele aparece pedindo a um menino para chupar sua língua, dizendo que o incidente demonstrou o lado inocente e afetuoso do líder espiritual.

O vencedor do Prêmio Nobel da Paz se desculpou depois que a filmagem de um evento público, que também o mostra aparentemente dando um beijo na boca do menino, viralizou, levando a uma onda de comentários nas redes sociais de que seu comportamento era equivalente a um abuso.

Penpa Tsering, o Sikyong (líder político) da Administração Tibetana Central, exilada, disse que o Dalai Lama foi "injustamente rotulado com todos os tipos de nomes que realmente ferem o sentimento de todos os seus seguidores".

O "comportamento de avô inocente e afetuoso" do homem de 87 anos mostrado na filmagem foi mal interpretado, disse Tsering a repórteres em Nova Délhi, acrescentando que uma vida de celibato e prática espiritual levou o Dalai Lama "além dos prazeres sensoriais".

O videoclipe, filmado em fevereiro e divulgado este mês, já foi visto mais de um milhão de vezes no Twitter.

Tsering disse que as investigações mostraram que "fontes pró-chinesas" estiveram envolvidas em torná-lo viral, acrescentando que "o recorte político deste incidente não pode ser ignorado".

Funcionários da embaixada chinesa em Nova Délhi não estavam imediatamente disponíveis para comentar.

O Dalai Lama fugiu para a Índia em 1959 após um levante fracassado contra o domínio chinês no Tibete. Os militares da China marcharam e assumiram o controle em 1951.