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Dissidentes das Farc e governo da Colômbia concordam em iniciar negociações de paz

Gustavo Petro, presidente da Colômbia - REUTERS/Nadja Wohlleben
Gustavo Petro, presidente da Colômbia Imagem: REUTERS/Nadja Wohlleben

Anna-Catherine Brigida

09/07/2023 12h56

O governo da Colômbia fechou um acordo para iniciar negociações de paz com uma facção de rebeldes dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) que rejeitaram o acordo de paz de 2016, de acordo com um comunicado.

O governo e a facção dissidente das agora desmobilizadas Farc, que é composta por aproximadamente 3.500 pessoas e conhecida como Estado Maior Central (EMC), discutirão um cessar-fogo temporário.

O presidente esquerdista Gustavo Petro prometeu acabar com o conflito na Colômbia - que já dura 60 anos e deixou pelo menos 450.000 mortos - fechando acordos de paz ou rendição com os rebeldes remanescentes e gangues criminosas e implementando totalmente o acordo de paz com as Farc.

"Ambas as partes reiteram a firme intenção de avançar em direção à construção de um acordo de paz que ponha fim ao confronto armado", disseram as duas partes em um comunicado conjunto com a data de sábado, que foi publicado no Twitter neste domingo pelo Alto Comissariado para a Paz do governo colombiano.

A declaração fala em uma "paz integral, estável e duradoura com justiça social e ambiental".

A EMC é uma das duas facções separatistas das Farc que não aceitaram o acordo de paz anterior, que desmobilizou 13.000 pessoas e levou à criação de um partido político que conquistou 10 cadeiras no Congresso.

Outro grupo rebelde, o Exército de Libertação Nacional (ELN), que não participou do acordo de 2016, está atualmente em negociações com o governo de Petro. As partes anunciaram em junho que um cessar-fogo de seis meses começará em agosto.