Sob críticas, Trump diz que suas políticas econômicas não vão aumentar dívida federal dos EUA
Por James Oliphant
(Reuters) - O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu nesta terça-feira suas políticas protecionistas de comércio e outras propostas fiscais, rejeitando sugestões de que elas iriam aumentar a dívida federal, irritar aliados e prejudicar a economia dos EUA.
Todo nosso foco está no crescimento. Vamos trazer empresas de volta ao nosso país”, disse o ex-presidente em uma entrevista, por vezes tensa, no Clube Econômico de Chicago.
O entrevistador, John Micklethwait, editor-chefe da Bloomberg News, citou projeções de especialistas em orçamento público apontando que os planos de Trump adicionariam 7,5 trilhões de dólares à dívida federal até 2035, mais que o dobro das políticas favorecidas pela oponente democrata de Trump na eleição de 5 de novembro, a vice-presidente Kamala Harris.
Trump garantiu que suas políticas comerciais -- com altas tarifas sobre bens não apenas de rivais como a China, mas também de aliados como a União Europeia -- revitalizariam a indústria americana e gerariam receita suficiente para aliviar as preocupações com o aumento do déficit.
Alguns especialistas em comércio exterior argumentam que essas tarifas poderiam prejudicar a economia dos EUA, colocar empregos em risco e aumentar os preços ao consumidor.
"Tudo o que vocês precisam fazer é construir suas fábricas nos Estados Unidos e não terão nenhuma tarifa", disse Trump.
"Concordo que isso terá um efeito enorme, um efeito positivo, não negativo."
(Reportagem de James Oliphant)
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.