Lula diz que situação econômica do país foi elogiada em reunião com bancos

(Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira que a situação econômica do Brasil foi elogiada em uma reunião que teve na véspera com representantes dos bancos.

Em entrevista à Rádio Metrópole, de Salvador, Lula afirmou que, na economia, "tudo" está como ele gostaria e que a inflação está sob controle.

"A economia está surpreendendo o mercado. Ontem eu fiz uma reunião com os principais bancos brasileiros, e todos eles elogiando o crescimento. 'Presidente, vocês estão crescendo acima do mercado, as coisas estão boas, o emprego está crescendo, a massa salarial está crescendo, a inflação está mais ou menos controlada'", disse Lula.

"Então, está tudo do jeito que eu quero que esteja", acrescentou o presidente, que teve uma reunião com representantes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Na entrevista, Lula também classificou de "uma coisa extraordinária" o arcabouço fiscal aprovado pelo Congresso Nacional no primeiro ano de seu atual mandato, ao mesmo tempo que repetiu seu mantra de que recursos alocados em Educação e Saúde não são gastos, mas investimentos.

"O meu partido só tem 70 deputados em 513, eu só tenho nove senadores em 81. Nós aprovamos uma PEC da transição, que deu 165 bilhões (de reais) para a gente governar este país no primeiro ano, aumentou o dinheiro da Saúde e da Educação, nós já aprovamos uma coisa extraordinária que foi o arcabouço fiscal, nós já aprovamos a política tributária e até agora nós não perdemos nenhum projeto importante que o governo mandou para o Congresso Nacional", disse Lula.

O presidente também garantiu, durante a entrevista, que não vai interferir na eleição para presidente da Câmara dos Deputados, marcada para o início do próximo ano, prometendo ainda manter relação de diálogo com quem quer que seja o eleito.

"Eu tenho como prática política não me meter na escolha para presidente da Câmara, é uma coisa do Congresso Nacional", afirmou. "Aquele que for eleito, goste dele ou não goste, eu vou conversar, e vou tratá-lo como presidente da Câmara."

Lula foi questionado, ainda, sobre os sites de apostas, que têm crescido de forma exponencial no Brasil gerando preocupações de saúde mental -- com pessoas se viciando em apostas e jogos de azar -- assim como de retirada de recursos do mercado de consumo.

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O presidente disse que a opção do governo foi a de regulamentar o setor em vez de proibi-lo, mas assegurou que não hesitará em proibir as chamadas bets se entender que a regulamentação não foi suficiente.

"Nós vamos ver se a regulação dá conta. Se a regulação der conta, está resolvido o problema. Se não der conta, eu acabo, para ficar bem claro", afirmou.

(Por Eduardo Simões)

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