Três integrantes da equipe de Donald Trump na Casa Branca estão em quarentena
Três integrantes da equipe de coronavírus da Casa Branca, incluindo o epidemiologista Anthony Fauci, que assessora o presidente Donald Trump nas decisões sobre a epidemia, se colocaram em quarentena no sábado (9), depois de entrar em contato com pessoas infectadas.
Além de Fauci, Robert Redfield, diretor do Centro de Prevenção de Doenças Infecciosas (CDC), e Stephen Hahn, que dirige a FDA, a agência de alimentos e medicamentos dos EUA, ficarão em isolamento por 14 dias em casa. O anúncio ocorre um dia depois de Katie Miller, porta-voz do vice-presidente Mike Pence, testar positivo para o novo vírus.
Os Estados Unidos registraram 1.568 mortes por coronavírus em 24 horas, elevando o total para 78.746, de acordo com a contagem do sábado à noite divulgada pela Universidade Johns Hopkins. Segundo esta universidade de Baltimore (leste), foram detectados 1.309.164 casos no país mais afetado pela pandemia. Mas da mesma forma que se observa em outros países, pode haver subnotificação de casos de Covid-19 nos EUA pela quantidade insuficiente de testes.
O estado de Nova York já registra três mortes de crianças provocadas por uma doença inflamatória com sintomas semelhantes à doença de Kawasaki, provavelmente relacionados com a Covid-19. "Embora isso seja raro, pedimos que os pais sejam vigilantes", escreveu o governador Andrew Cuomo no Twitter.
Obama: "desastre caótico"
Durante uma conversa telefônica com ex-assessores, o ex-presidente Barack Obama disse que a forma como Trump gerencia o combate à pandemia tem sido "um desastre caótico absoluto". O telefonema ocorreu na noite de sexta-feira (8) e trechos da gravação foram divulgados no sábado (9) pelo site Yahoo News.
No diálogo, Obama mencionou a resposta à crise da saúde para se referir à necessidade de escolher bons líderes. Ele pediu a seus ex-conselheiros que se envolvam na campanha de Joe Biden, seu ex-vice-presidente e virtual candidato democrata à presidência em novembro contra Trump.
"As próximas eleições, em todos os níveis, são muito importantes porque não enfrentaremos apenas um indivíduo ou um partido político", disse o primeiro presidente negro da história dos EUA. Na avaliação de Obama, "o verdadeiro adversário são as "tendências de longo prazo", como "ser tribal, estar divididos, ver os outros como inimigos", que ameaçam se instalar na "vida americana". Obama declarou que gastará "o tempo que for necessário para fazer campanha o mais intensamente possível por Joe Biden".
Na conversa, Obama também se referiu à controversa decisão do Departamento de Justiça de encerrar o caso contra Michael Flynn, um ex-conselheiro de Trump processado por mentir sobre seus contatos com um diplomata russo.
"Não há precedente que possa ser encontrado para uma pessoa acusada de perjúrio que se safa", disse Obama. "Esse é o tipo de coisa com a qual você começa a se preocupar: o entendimento básico, não apenas as normas institucionais, mas o entendimento básico do estado de direito está em risco". "Quando se toma esse caminho, isso pode ir muito rápido, como já vimos em outros lugares", acrescentou. Obama pediu a seus ex-assessores para não subestimarem esse evento.
Com informações de agências
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