Covid-19: França adota toque de recolher em Paris e mais oito metrópoles
O presidente francês anunciou hoje as novas medidas do governo para conter a segunda onda da pandemia Covid-19, que já matou 33 mil pessoas no país. Um toque de recolher, que será aplicado em oito metrópoles francesas, além da capital, terá início à zero hora deste sábado (17) e vai durar pelo menos quatro semanas. As outras metrópoles atingidas são Grenoble, Lille, Lyon, Aix-Marselha, Rouen, Montpellier, Saint-Etienne e Toulouse.
Teatros, cinemas, bares e restaurantes terão de fechar imperativamente às 21h nestas cidades. A multa para quem for pego quebrando o toque de recolher é de 135 euros (e de 1500 euros em caso de reincidência).
"O toque de recolher vai durar quatro semanas e iremos ao Parlamento para prorrogá-lo até 1º de dezembro. Seis semanas é o tempo que nos parece útil", disse o chefe de Estado em entrevista televisionado, especificando que a medida entraria em vigor no sábado à meia-noite.
A decisão, explica o presidente, foi baseada em experiências feitas na Guiana Francesa e no departamento de Mayenne, que conseguiram frear a difusão do vírus. "No momento do confinamento, fomos um dos países que melhor acatou as medidas e é por isso que eu conto com os franceses como atores da luta contra a segunda onda", disse o presidente, chamando os cidadãos para a responsabilidade individual e coletiva.
O chefe de Estado disse que não vai voltar a fechar escolas e empresas, como aconteceu no confinamento de março e abril. "No trabalho, nas escolas, colégios e universidades, a gente usa máscara e consegue se proteger. Mas é nos contatos mais festivos que a gente se contamina", disse o presidente, pedindo que os franceses evitem encontros "desnecessários" e não se reúnam em grupos de mais de seis pessoas em restaurantes.
Respondendo às questões dos jornalistas Anne-Sophie Lapix e Gilles Bouleau ao vivo, em rede nacional, Macron disse que a França está numa situação preocupante, mas que não os franceses não devem ficar "nem inativos nem em pânico".
Macron optou por ser entrevistado por dois jornalistas, âncoras do jornal das 20h dos canais TF1 e France 2, ao invés do tradicional discurso televisivo para anúncios deste tipo. A estratégia do Palácio do Eliseu é de ocupar o horário nobre e atingir o maior número de pessoas possível.
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