França é o país com mais casos de covid-19 na Europa, 1,6 milhão
O alerta foi feito na quinta-feira (5) pelo diretor-geral de Saúde na França, Jérôme Salomon, número dois no ministério. Segundo ele, o país contabiliza atualmente 1,6 milhão de casos positivos do novo coronavírus, registrando o pior panorama de infecções no Velho Continente.
Em coletiva de imprensa, Salomon alertou que a segunda onda "se propaga rapidamente" e será "violenta" na França. O país contabiliza 1,6 milhões de casos positivos sobre 8 milhões em toda a Europa, advertiu Salomon. Na contagem da Organização Mundial da Saúde para a "zona Europa", que abrange mais de 50 países e não somente os da União Europeia, a progressão do vírus é ainda mais alarmante, com mais de 11,6 milhões de contágios.
Mais de 58 mil novas contaminações foram registradas nas últimas 24 horas no país, um novo recorde desde que testes massivos começaram a ser realizados, no início deste segundo semestre. "A França é o país europeu que conta com o maior número de casos de contaminações pelo novo coronavírus desde o início da pandemia", frisou Salomon.
Há uma semana, os franceses são submetidos a um novo lockdown nacional, porém menos rígido do que o determinado entre março e maio. A medida é apoiada pela maioria da população, mas é alvo de protestos de comerciantes.
Hospitais lotados
A segunda onda de Covid-19 é um grande desafio para os profissionais da saúde e hospitais franceses, que estão perto da saturação de leitos. Nas últimas 24 horas, as UTIs receberam 447 doentes, uma quantidade similar ao pico da epidemia, entre março e abril.
Segundo as autoridades sanitárias da França, atualmente, 4.221 doentes estão internados com a forma grave da Covid-19. O país conta com 6.400 mil leitos nas UTIs, uma quantidade que será ampliada para 7.500 em breve. Para isso, intervenções cirúrgicas serão desmarcadas e blocos operatórios serão adaptados para receber pacientes contaminados pelo vírus e que necessitam de cuidados intensivos.
Quase 40 mil óbitos
O número de vítimas também não para de subir desde o início da segunda onda, que se instalou com a chegada do outono no hemisfério norte. Em 24 horas, 367 mortes foram registradas nos hospitais franceses. Desde o início da epidemia, a França totaliza 39.037 óbitos atribuídos à doença.
O ministro da Saúde, Olivier Verán, que participou da coletiva de imprensa ao lado de Salomon, não anunciou novas medidas de restrição, mas fez um apelo à população. "Diante da amargura, do cansaço, da legítima exaustão, devemos nos levantar e continuar a lutar", declarou. Para conter a propagação do vírus, é necessário que todos respeitem o lockdown, insistiu Verán.
Atualmente, 3.042 focos da doença estão sendo investigados em todo o país, entre eles, 912 em casas de repouso para idosos.
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