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Vitória de candidato negro na Geórgia aproxima democratas do controle do Senado

15.dez.2020 - Raphael Warnock, o primeiro senador negro eleito no estado da Geórgia (EUA) - Jim Watson/AFP
15.dez.2020 - Raphael Warnock, o primeiro senador negro eleito no estado da Geórgia (EUA) Imagem: Jim Watson/AFP

06/01/2021 06h16

O partido democrata se aproxima, hoje, de ganhar o controle do Senado americano com a vitória, no estado da Geórgia, do reverendo Raphael Warnock, o primeiro senador negro eleito no estado.

A vitória de Warnock sobre a candidata do Partido Republicano, Kelly Loeffler, representa um marco para os afroamericanos na política. Ele é o primeiro senador negro democrata eleito para o Senado de um estado do Sul dos Estados Unidos.

Para os democratas, vencer as eleições senatoriais é crucial para que o presidente eleito Joe Biden consiga promulgar sua agenda. No entanto, para isso, o partido ainda precisa eleger seu outro candidato, Jon Ossoff.

Com estimados 98% de votos contados até a madrugada de hoje, Ossoff lidera a corrida com uma pequena diferença de 13 mil votos a frente do republicano David Perdue.

Participação

A participação nas zonas rurais e brancas do Sul dos Estados Unidos, onde os republicanos costumam ganhar, perdeu força com a derrota de Trump nas eleições presidenciais. Muitas localidades majoritariamente negras da Geórgia tiveram, ao contrário, uma participação bastante alta nas eleições senatoriais de ontem.

Loeffler, leal a Trump, fez campanha usando o nome do presidente, e chegou a declarar que se oporia à sua derrota durante o evento em que o Congresso americano irá ratificar a vitória de Biden hoje.

Quase 4,5 milhões de pessoas votaram nas eleições senatoriais da Geórgia. Como ocorreu em 3 de novembro, uma diferença de apenas milhares de votos separam os candidatos.

Os dois democratas precisam ganhar na Geórgia para que os progressistas voltem a ter o controle do Senado, onde cada partido contaria com 50 cadeiras. A futura vice-presidente Kamala Harris dispõe de um voto decisivo. Este cenário daria ao presidente eleito Joe Biden poder total sobre a agenda legislativa no Congresso e facilitaria nominações de seu governo, que devem ser confirmadas pelo Senado.