EUA querem reunir famílias de migrantes separadas por Trump
Os Estados Unidos vão começar a reunir esta semana algumas famílias de migrantes separadas durante o governo do ex-presidente republicano Donald Trump. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (3) pelo secretário do Departamento de Segurança Interna (DHS), Alejandro Mayorkas.
De acordo com ele, quatro mães que fugiram de "situações extremamente perigosas em seus países de origem" serão reunidas com seus filhos de quem foram separadas na fronteira entre os Estados Unidos e o México. Mayorkas manifestou sua alegria pelo início do processo de reunificação e pelo fato de estas "quatro mães poderem abraçar os seus filhos depois de tantos anos".
Ele indicou que este é apenas o "início" do programa. O governo Biden estabeleceu uma equipe, chefiada pelo próprio secretário, especialmente dedicada para rastrear as famílias e reuni-las.
"A força-tarefa continuará a trabalhar sem parar para dar às famílias a oportunidade de se reunir ", disse Mayorkas. Ele é o primeiro latino e o primeiro imigrante a chefiar o Departamento que gerencia, entre outras tarefas, da segurança nas fronteiras.
Desgraça nacional
A política de "tolerância zero" de Trump sobre a imigração irregular começou a ser aplicada em 2017 e foi formalmente anunciada em 2018. Ao separar famílias - a maioria de centro-americanos fugindo da violência -, o governo republicano buscou dissuadir os migrantes a atravessar a fronteira com os EUA. Sua política afetou cerca de 5.000 menores de idade e foi suspensa devido a uma onda de indignação nacional e global.
O presidente democrata denunciou a política de seu antecessor como uma "desgraça moral e nacional". Não está claro quantas crianças ainda estão longe de seus pais - a estimativa é que cerca de mil ainda estejam sozinhas.
Muitas são originárias de áreas rurais e comunidades localizadas em zonas montanhosas de difícil acesso, tarefa logística também complicada pela pandemia e pelos dois furacões que assolaram a América Central durante o outono boreal. O governo não esclareceu se as famílias terão permissão para residência legal nos Estados Unidos.
(Com informações da AFP)
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