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Socialista Pedro Castillo reivindica vitória em eleição presidencial no Peru

Pedro Castillo, candidato da esquerda à presidência do Peru - Gian Masko/AFP
Pedro Castillo, candidato da esquerda à presidência do Peru Imagem: Gian Masko/AFP

11/06/2021 15h23

Sem esperar o fim da contagem dos votos, o candidato socialista nas eleições presidenciais no Peru, Pedro Castillo, reivindicou sua vitória nesta sexta-feira (11) contra Keiko Fujimori. Líderes da esquerda na América Latina reagiram com entusiasmo.

Com 99,5% das urnas abertas, o ex-professor e candidato da esquerda radical tem 50,2% votos, quase 60.000 a mais que a filha do ex-presidente Alberto Fujimori, que é candidata ao cargo pela terceira vez.

Ainda que as autoridades eleitorais peruanas não tenham confirmado oficialmente a vitória de Castillo, observadores das eleições e dirigentes de esquerda de países vizinhos, como Argentina e Bolívia, saudaram a vitória do candidato.

"Vários presidentes no mundo celebraram a vitória de Pedro Castillo. Isso quer dizer que ele tem uma sólida legitimidade internacional", escreveu no Twitter Vladimir Carron, presidente do Partido político nacional Peru livre.

Corrupção

Apesar de restarem menos de 100 mil votos a serem contados, Keiko Fujimori não reconheceu a derrota e seus apoiadores convocaram manifestações contra os resultados da eleição que foi realizada no domingo (6).

Um promotor anticorrupção pediu, nesta quinta-feira (10), a prisão preventiva da candidata de direita Keiko Fujimori, o que aumentou ainda mais a tensão no Peru.

O partido do candidato socialista rejeitou as acusações de fraude, que poderiam levar a semanas de confusão e de tensões, após uma campanha eleitoral que aumentou as divisões no país.

Castillo, que se comprometeu a remanejar a Constituição e melhor destribuir as riquezas provenientes da produção de minérios, não era afiliado ao partido Peru livre antes de sua candidatura.

Ele ainda não determinou se, no caso de uma vitória, seguiria as ideias da extrema-esquerda em matéria de economia, mas recrutou como conselheiro Pedro Francke, um moderado mais favorável ao mercado.