Covid: França faz última etapa de reabertura, mas mantém restrições em área com variante delta
A França inicia nesta quarta-feira (30) a última etapa de flexibilização das medidas do lockdown que esteve em vigor no país desde o ano passado. Mas, diante do rápido aumento das contaminações pela variante delta em Landes, no sudoeste do país, a reabertura da região foi adiada para o dia 6 de julho.
A partir desta quarta-feira, a França adotará novas regras para manter o controle da epidemia em seu território. A principal novidade é a exigência do atestado de vacinação contra a covid-19 para participar de eventos culturais ou esportivos ao ar livre ou espaços fechados que reúnam mais de mil pessoas.
Quando o número de espectadores for menor, o uso da máscara será exigido, como já é o caso em todos os locais fechados. Em bares, restaurantes e lojas não há mais limite para o número de clientes, como ocorria até agora. O distanciamento social, ainda que não se aplique na prática, continua sendo preconizado. A reabertura das discotecas também está prevista para o dia 9 de julho, com um protocolo específico.
A flexibilização no país se tornou possível graças à rápida queda nas contaminações. O número de pacientes hospitalizados voltou a cair na terça-feira (29), com 8.627 pessoas internadas — 1.250 nas unidades de terapia intensiva. O país registrou apenas 2.314 novas infecções nesta terça-feira — em abril esse número ultrapassou 35 mil por dia. A média, desde o início de junho, vem sendo de 1.800 infecções por dia.
A preocupação agora gira em torno da expansão da variante delta, que predomina na região de Landes, no sudoeste do país. Por conta disso, a região manterá algumas restrições, contrariamente ao restante da França, anunciou a representante da região, Cécile Bigot-Dekeyzer. Restaurantes e lojas continuarão a receber 50% dos clientes, grupos de no máximo dez pessoas vão poder se reunir nas ruas e cinemas e salas de espetáculo receberão apenas 65% dos espectadores.
"A situação sanitária é estável, mas atípica em relação ao resto do país, com uma taxa de incidência de 50 casos para 100 mil pessoas, o limite para o controle epidêmico", disse Bigot-Dekeyzer. Ela ressaltou que a região foi pouco atingida nas ondas anteriores. O fato de a população ter sido menos infectada, defende, favorece o crescimento da variante, que já representa cerca de 45% dos diagnósticos, contra cerca de 20% no restante da França. Ela insistiu na importância da vacinação, lembrando que a taxa é de 58% em Landes, uma das maiores do país.
Vacina, a única arma contra a quarta onda
Na França, cerca de 33,7 milhões de franceses receberam pelo menos uma primeira dose de uma das vacinas contra a covid-19, o equivalente a 50% da população. O objetivo é proteger pelo menos 35 milhões de pessoas com duas doses, 66% dos adultos, até o final de agosto. Com a delta, a imunidade coletiva depende de uma taxa de 80% a 85% de vacinados, lembram os epidemiologistas.
O presidente do Conselho Científico francês, Jean-François Delfraissy, disse que haverá "provavelmente" uma quarta onda em setembro, mas que será menos grave por conta da vacinação. Os epidemiologistas não descartam, entretanto, um novo pico de hospitalização no outono francês, entre setembro e dezembro, já que a delta é pelo menos 60% mais contagiosa do que a Alpha, que hoje ainda predomina no país.
*Com informações da AFP
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.