Bombeiros retiram resíduos de hidrocarbonetos de praia na Córsega
Um grupo de bombeiros franceses recuperou, nesta segunda-feira (14), pequenos pedaços de hidrocarbonetos em uma praia na ilha da Córsega, uma poluição provavelmente ligada à desgaseificação ilegal de um navio, que ainda é procurado pelos investigadores.
Desde a detecção da poluição por hidrocarbonetos, na sexta-feira (11), durante um exercício militar aéreo no leste desta ilha mediterrânea, o governo mobilizou os meios para limpar os resíduos de hidrocarbonetos. Nesta segunda, os helicópteros continuavam buscando manchas no mar.
Resíduos de hidrocarbonetos foram encontrados na praia de Solaro, no nordeste da ilha francesa.
"Parecem pequenas pedras pretas, nada muito importante e imponente. Por outro lado, havia muitas delas na praia", afirmou à AFP Ange-Toussaint Gambini, oficial da Defesa Civil.
A gendarmeria francesa bloqueou o acesso à praia e a um "camping" próximo. Na sequência, um trator começou a filtrar os detritos restantes da areia, de acordo com um fotógrafo da AFP.
"Os resíduos se dispersaram por uma área de cerca de 500 metros de extensão e 50 centímetros de largura, de forma descontínua", relatou a prefeitura, acrescentando que foram instalados meios para coletar esses restos de hidrocarbonetos.
Presente no local, o prefeito François Ravier anunciou à AFP uma "vigilância de todas as praias, além da de Solaro, em uma distância linear de 30 quilômetros".
Ele lembrou que o acesso às praias e o banho no mar estão proibidos nas localidades do sul do departamento de Alta Córsega.
No mar, além dos helicópteros, um navio da Marinha e cinco barcos trabalham para controlar o derramamento. Um rebocador procedente de Ajaccio deve entrar em ação ao longo do dia.
Várias toneladas foram recuperadas no fim de semana, mas "a contaminação está cada vez mais dispersa", disse à AFP a capitã de fragata Christine Ribbe, porta-voz da administração marítima francesa do Mediterrâneo.
"Esta manhã vimos manchas oleosas e microbolas que requerem investigação", indicou a administração marítima ao meio-dia (horário local).
As manchas detectadas no início do episódio de poluição continuam à deriva para sul, acrescentou a mesma fonte, "e temos a impressão de que teremos de nos aproximar da costa".
"Recuperamos tudo o que vemos emergir, mas parte da poluição pode estar entre duas águas, ou no fundo do mar", detalhou.
O Ministério Público de Marselha abriu uma investigação e encarregou a gendarmeria marítima de tentar rastrear o navio responsável pela desgaseificação sem controle.
De acordo com o MP, "a investigação identificou uma série de embarcações suspeitas, e as verificações estão em andamento".
No passado, vários capitães de navios que realizaram uma desgaseificação selvagem no Mediterrâneo foram condenados.
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