Idosos não vacinados contra covid ficarão em lockdown obrigatório em Moscou
Começou nesta segunda-feira (25) o lockdown obrigatório imposto pela prefeitura de Moscou para maiores de 60 anos que não tomaram a vacina contra a Covid-19. Com apenas um terço da população imunizada, a Rússia enfrenta seu pior momento desde o início da pandemia. Nas últimas 24 horas, foram registradas 1.069 mortes em decorrência do coronavírus no país, número subestimado de acordo com especialistas devido ao baixo número de testes feitos.
A Rússia teve entre 200 mil e 400 mil mortes pela Covid-19 até o momento. O número muda conforme a fonte, sinal de um país em que as informações oficiais nem sempre são confiáveis.
A falta de confiança no governo é a razão apontada por muitos russos, idosos ou não, para não aceitaram a vacina Sputnik V, distribuída em diferentes localidades do mundo, como na Argentina ou no México.
"A maior parte das pessoas não confia. Eles têm medo, estão acostumados demais às mentiras, não confiam no poder", afirmou a aposentada de 64 anos, Anastasia, à reportagem da France Info.
Como ela, 64,4% da população russa ainda não tomou nenhuma dose da vacina contra a Covid-19, de acordo com os dados compilados pelo Our World in Data.
Os idosos não vacinados são a maior parte dos russos hospitalizados neste momento, ainda assim, muitos não pensam em aceitar a imunização, que ainda não foi validada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) nem pela União Europeia.
Lockdown para idosos
Com o aumento do número de casos, Moscou, principal foco epidêmico do país, decidiu obrigar todos os habitantes com mais de 60 anos a se confinarem a partir de hoje e até, pelo menos, 25 de fevereiro. Quatro meses inteiros durante o período mais frio do ano.
Nesta segunda, muitos aposentados que ainda trabalham para completar a baixa remuneração oficial estavam indignados com a restrição, que não atingirá apenas os mais velhos.
A partir de quinta-feira (28), todos os serviços não essenciais da capital deverão ser fechados por, ao menos, 11 dias.
Diante da explosão de casos, o presidente Vladimir Putin decidiu na semana passada declarar uma semana de férias remuneradas em todo o país entre 30 de outubro e 7 de novembro.
Os epidemiologistas alertam, entretanto, que o período mínimo para a obtenção de resultados satisfatórios com essa medida seria de duas semanas.
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