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OMS desaconselha restrições de viagem a países africanos

OMS desaconselha restrições a viajantes sul-africanos após Reino Unido, Alemanha, Itália e França proibirem voos - Pixabay
OMS desaconselha restrições a viajantes sul-africanos após Reino Unido, Alemanha, Itália e França proibirem voos Imagem: Pixabay

26/11/2021 12h00Atualizada em 26/11/2021 12h21

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou nesta sexta-feira (26) que serão necessárias várias semanas para conhecer o impacto da nova variante do coronavírus, detectada na África do Sul, na transmissão do vírus. Por isso, a organização desaconselha a restrição de viagens.

"A OMS recomenda que os países sigam aplicando um enfoque científico e baseado nos riscos", disse o porta-voz da organização Christian Lindmeier em uma entrevista coletiva. "Nesta fase, não recomendamos a aplicação de restrições para os viajantes", completou.

Reino Unido, Alemanha, Itália e França proibiram a chegada de viajantes de países sul-africanos após a descoberta da nova variante B.1.1.529, uma decisão que a Comissão Europeia se propõe a generalizar no bloco.

Os especialistas da OMS, responsáveis por vigiar a evolução do Covid-19, devem determinar nesta sexta-feira se a nova forma do vírus deve ser classificada como "preocupante", de acordo com Lindmeier.

Vacinas e turismo

A fabricante de vacinas Pfizer/BioNTech informa que terá dados sobre a eficácia do seu imunizante frente a variante em duas semanas. O laboratório americano ainda afirmou que pode desenvolver num prazo de 100 dias uma vacina, se a nova forma do vírus for resistente às vacinas existentes.

Profissionais de turismo da África consideram a decisão dos países europeus "apressada", "injusta" e "desastrosa". Eles temem que a medida cause impacto econômico.

"É uma reação instintiva, prematura", declarou à AFP Richard de la Rey, responsável de reservas animais e complexos turísticos na África do Sul. "Não sabemos nada sobre essa variante, mas já estão pensando no pior, lamenta.

A descoberta dessa nova variante da Covid-19 foi anunciada na quinta-feira (25) por cientistas sul-africanos, que alertaram sobre um número "extremamente alto" de mutações e "um potencial de disseminação muito rápido" da doença.