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Na posse, Macron promete 'planeta mais habitável' e defende independência da França

07.mai.22 - O presidente francês Macron durante sua cerimônia de posse para um segundo mandato como presidente, no Palácio do Eliseu em Paris, França - GONZALO FUENTES/REUTERS
07.mai.22 - O presidente francês Macron durante sua cerimônia de posse para um segundo mandato como presidente, no Palácio do Eliseu em Paris, França Imagem: GONZALO FUENTES/REUTERS

07/05/2022 08h26Atualizada em 07/05/2022 09h08

O presidente francês, Emmanuel Macron, tomou posse para o segundo mandato na manhã deste sábado (7), em uma cerimônia de cerca de uma hora no Salão de Festas do Palácio do Eliseu. Em um breve discurso de dez minutos, ele prometeu agir para fazer da França "uma nação mais independente" e atuar na construção de "respostas francesas e europeias aos desafios do nosso século". Macron ainda se comprometeu a deixar como legado "um planeta mais hábitável".

O chefe de Estado de 44 anos entrou no Salão de Festas do Eliseu pontualmente às 11h (6h no horário de Brasília), ao som de um concerto para oboé do compositor alemão Georg Friedrich Haendel, executado pela orquestra de Câmara da Guarda Republicana. Ao menos 450 convidados estavam presentes na solenidade, entre eles os ex-presidentes Nicolas Sarkozy e François Hollande, o primeiro-ministro Jean Castex, ex-chefes de governo, oficiais, familiares do presidente e profissionais da saúde que estiveram na linha de frente da pandemia de Covid-18, além de esportistas e representantes de associações da socidade civil.

O presidente do Conselho Constitucional, Laurent Fabius, proclamou o resultado da eleição e parabenizou o centrista por este segundo mandato, que começará no dia 14 de maio. Macron recebeu pela segunda vez o grande colar da Legião de Honra, como prevê o protocolo, e iniciou seu discurso por uma menção ao retorno da guerra na Europa.

Ele disse que "agirá para evitar qualquer escalada após a agressão russa na Ucrânia, para ajudar a democracia com coragem para que ela prevaleça, para construir uma nova paz europeia e uma nova autonomia em nosso continente".

Em seguida, Macron citou temas importantes do cotidiano dos franceses e que fazem parte de seu programa de governo. Ele demonstrou ter consciência que a população o escolheu para um mandato diferente do primeiro. Em respeito a essa premissa, prometeu agir para manter a independência do país, da Europa, para fazer da França uma potência ecológica. Também se comprometeu a continuar a combater as desigualdades sociais e melhorar o atendimento público nos setores da saúde e educação.

O presidente afirmou categoricamente que irá mudar de método de gestão. Muito criticado pelo estilo centralizador e de pouco diálogo com sindicatos e representantes da sociedade civil, Macron prometeu integrar "todas as forças vivas da sociedade civil" nos debates sobre as reformas que pretende propor ao longo do segundo mandato.

Encerrado o discurso, ele cumprimentou calorosamente os convidados presentes, seguido de perto pela primeira-dama, Brigitte Macron, que usava um tailleur branco. Havia vários jovens e crianças na sala, atestando a vontade do presidente de se dirigir àqueles que representam o futuro da nação.

Na sequência, Macron passou em revista às tropas nos jardins do palácio presidencial, ao som do hino francês, A Marselhesa. Vinte e uma salvas de canhão disparadas do palácio dos Inválidos coroaram o final da solenidade.

Oposição lança a campanha das eleições legislativas

Depois de vários dias de negociações, a esquerda radical reúne seus aliados ecologistas, comunistas e socialistas nos arredores de Paris, neste sábado, em uma convenção para apresentar os primeiros candidatos às eleições legislativas de junho. O líder do partido França Insubmissa, Jean-Luc Mélenchon, não irá disputar um novo mandato de deputado por Marselha. Ele prefere coordenar a campanha para compor uma grande bancada no Parlamento que lhe permita reivindicar o cargo de primeiro-ministro do segundo mandato de Macron.

À direita, republicanos e centro-direita também devem anunciar hoje os primeiros candidatos ao Parlamento.