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Economia de energia: torre Eiffel será apagada mais cedo, diz prefeita de Paris

Turistas observam a Torre Eiffel do Pont Alexandre III, em Paris, França - LUDOVIC MARIN/AFP
Turistas observam a Torre Eiffel do Pont Alexandre III, em Paris, França Imagem: LUDOVIC MARIN/AFP

12/09/2022 10h05

A meta da sobriedade energética na Europa neste segundo semestre atingirá um dos ícones da França. Para economizar eletricidade, a torre Eiffel, um dos pontos turísticos mais visitados do mundo, passará a apagar suas luzes mais cedo do que o normal durante o outono no Hemisfério Norte.

A iniciativa veio da prefeita de Paris, a socialista Anne Hidalgo. Ela se prepara para anunciar, na terça-feira (13), seu plano para a economia de energia na capital francesa nos próximos meses. No entanto, uma das medidas mais emblemáticas - a redução do tempo de iluminação da torre Eiffel - já foi confirmada pelas autoridades locais à imprensa.

A "Dama de Ferro", como o monumento também é conhecido, terá suas luzes apagadas a partir das 23h45, 1h15 mais cedo do que o normal. De acordo com a Sociedade de Exploração da Torre Eiffel (Sete), ainda não há uma data precisa para que o plano entre em vigor, mas o objetivo é que ele seja adotado o mais rápido possível.

Atualmente, as luzes da torre Eiffel são acesas logo que a noite cai e ela permanece iluminada até 1h da manhã. No total, 336 projetores colorem de dourado a estrutura do monumento durante a noite. Além disso, a cada hora, 20 mil lâmpadas piscam e dão um aspecto cintilante à "Dama de Ferro". Esse espetáculo, observado por milhares de turistas diariamente, ocorre pela última vez a meia-noite.

Com a entrada em vigor do plano de sobriedade energética, a torre brilhará pela última vez às 23h.

Gesto simbólico

Antes mesmo de ser anunciada, a medida já é questionada pela imprensa francesa. "Qual impacto real da redução da iluminação da torre?", pergunta o jornal Le Parisien desta segunda-feira (12). Para o presidente da Sete, Jean-François Martins, em um contexto de temor de crise energética, é necessário "dar o exemplo". Segundo ele, a iluminação noturna do monumento representa 4% do consumo total de eletricidade da "Dama de Ferro".

"Utilizar a iluminação quando realmente precisamos dela é uma boa decisão. O objetivo é um pouco econômico, mas é preciso dar o exemplo, participar da tomada de consciência e da mobilização", diz.

Fechada durante longos períodos durante a pandemia de covid-19, a torre Eiffel - obra do engenheiro Gustave Eiffel, finalizada em 1889 - retomou neste ano o mesmo nível de frequentação de antes da crise sanitária, recebendo uma média de mais de 20 mil visitantes por dia.

Entrevistados pelo jornal Le Parisien, moradores da capital francesa parecem apoiar a iniciativa. Alguns lembram que, em diversas ocasiões, o monumento já permanece apagado durante a noite inteira, como na última quinta-feira (8), em respeito à rainha Elizabeth II, que faleceu no mesmo dia.