China: fim da política 'Covid zero' leva milhares ao desemprego e gera protestos
O fim das restrições de saúde que haviam sido impostas para conter a pandemia de Covid-19 deixou centenas de milhares de pessoas desempregadas na China. A situação de incerteza tem gerado inúmeras manifestações em todo o país.
Desde 7 de dezembro, o governo chinês encerrou abruptamente a sua política intitulada "Covid zero", que consistia em aplicar medidas de confinamento e quarentena, além de testes em massa da população, cada vez que novos casos de coronavírus eram detectados.
A medida levou ao fim dos lucrativos contratos com empresas responsáveis pela produção de bilhões de testes PCR para detectar a Covid-19, de roupas de proteção contra o coronavírus, máscaras e luvas.
Muitas dessas fábricas tiveram que fechar as portas ou se converter em outra atividade, demitindo a maioria de seus funcionários.
A estimativa é de que a obrigatoriedade de testes de PCR na China estaria custando ao país 2% de seu Produto Interno Bruto (PIB) por ano. Isso equivale ao orçamento da Defesa chinês.
Menor crescimento em 40 anos
Em 2022, a China teve uma das taxas mais fracas de crescimento em quatro décadas, conforme os dados oficiais. As restrições de saúde e a crise imobiliária pesaram fortemente sobre a atividade econômica.
Muitas fábricas e empresas tiveram que fechar durante a epidemia de Covid-19, enquanto os chineses limitaram seus passeios e atividades de lazer para evitar as contaminações.
As medidas restritivas foram finalmente suspensas, mas a decisão levou a um aumento exponencial do número de doentes de Covid, o que tem sido um grande obstáculo à recuperação da economia do país.
Três anos após o primeiro confinamento de Wuhan, quando 11 milhões de habitantes foram isolados do mundo devido à pandemia, a China reabriu as suas fronteiras. Desde 8 de janeiro, o país acabou com as quarentenas para visitantes estrangeiros e os chineses também puderam voltar a viajar.
Porém, em um contexto complicado, a China viu o seu produto interno bruto (PIB) crescer 3%, em 2022, segundo a BNS (Agência Nacional de Estatísticas). Esse ritmo, que causaria inveja na maioria das grandes economias, é um dos mais baixos para o gigante asiático, em 40 anos.
(Com informações da AFP)
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