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Ucrânia deve arcar por repatriação de brasileiro morto na guerra, diz Itamaraty

Em resposta à família de Antônio Hashitni, o combatente voluntário brasileiro morto na Ucrânia, o Itamaraty informou nesta quinta-feira (10) que "o governo ucraniano deveria arcar com os custos da cremação e envio das cinzas, além de pagamento de indenização à familia". A informação foi dada por Franciele Hashitani Gomes de Oliveira, irmão de Antônio, em entrevista à RFI.

Antônio Hashitani, um estudante de medicina de Curitiba de 25 anos, é o quarto brasileiro morto em ação vestindo as cores da Legião Estrangeira na Ucrânia, um batalhão de estrangeiros que luta contra as forças russas no país. A notícia de sua morte, segundo familiares, veio por meio de uma ligação telefônica do Itamaraty para a irmã de Antônio, na segunda-feira (7). No entanto, o óbito pode ter ocorrido entre os dias 2 e 3 de agosto, perto da cidade de Bakhmut, a cerca de 600 quilômetros da capital Kiev, no nordeste do país.

Franciele Hashitani Gomes de Oliveira relatou à RFI as grandes dificuldades encontradas pela família para obter respostas do corpo diplomático brasileiro em Kiev e para tentar repatriar as cinzas do irmão. Ela diz que a participação diplomática parece ser crucial no repatriamento das cinzas de Antônio.

Momento de dor

A última pessoa da família a conversar com Antônio Hashitani em vida foi a mãe dele, como lembra a irmã, Franciele. O momento agora é de dor para a família, que somente na tarde desta quinta-feira recebeu uma resposta das autoridades brasileiras.

O Itamaraty respondeu à irmã de Antônio, informando que, assim como nos casos anteriores de mortes de brasileiros, o governo ucraniano deveria arcar com custos da cremação e envio das cinzas, além de pagamento de indenização à familia. A diplomacia brasileira precisou ainda que, para a emissão do atestado de óbito brasileiro, é preciso antes que as autoridades locais emitam o atestado de óbito ucraniano, o que acontecerá apenas após a evacuação do corpo, que ainda não foi confirmada.

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