Premiê italiana garante apoio à Ucrânia, em busca de mais armas contra Rússia

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, garantiu neste sábado (7) seu apoio à Ucrânia durante uma reunião com o presidente Volodymyr Zelensky. O chefe de Estado ucraniano vem solicitando mais armas aos aliados ocidentais em um momento de avanço das tropas de Moscou na frente leste.

Meloni e Zelensky se reuniram em Cernobbio, norte da Itália, à margem do fórum econômico "The European House - Ambrosetti". "Não devemos nos render", disse Meloni à plateia, em um discurso direcionado aos aliados de Kiev e à opinião pública que, segundo ela, "está, com razão, preocupada com a guerra".

Giorgia Meloni alertou que abandonar a Ucrânia "não trará paz, e sim caos", além de consequências econômicas "mais graves do que o custo do atual apoio à Ucrânia". "Não devemos cair na armadilha da propaganda russa e acreditar que o destino da Ucrânia já está traçado", alertou.

"Agradeço a Giorgia e ao povo italiano por seu apoio e pelos esforços conjuntos para restabelecer uma paz justa", escreveu o presidente ucraniano na rede social X após a reunião, publicando um vídeo do encontro. 

A Itália apoia a Ucrânia desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022, com o envio de armas, mas insiste que elas só devem ser utilizadas em território ucraniano.

Antes de viajar ao país, Zelensky exigiu nesta sexta-feira "mais armas" aos países aliados, que participaram em uma reunião na base aérea de Ramstein, no oeste da Alemanha.

No mesmo dia, os EUA anunciaram uma nova ajuda militar de US$ 250 milhões (R$ 1,39 bilhão) para a ex-república soviética.

A Rússia vem avançando no Donbass, no leste da Ucrânia. Na quinta-feira, o presidente Vladimir Putin afirmou que a conquista da região é um "objetivo prioritário" de Moscou.

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, que recebeu críticas de outros países da União Europeia por se encontrar com Putin em Moscou no mês de julho, também participará no fórum italiano de três dias.

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Zelensky rejeitou em Cernobbio os apelos de Orban para um cessar-fogo, alegando que Putin nunca respeitou os acordos anteriores.

Kiev reivindica ataque a depósito de munição russo

Kiev reivindicou a responsabilidade por um ataque a um depósito de munição russo em uma região fronteiriça no sábado. Já Moscou anunciou a captura de uma nova vila no leste da Ucrânia.   

O país também afirma ter reagido a um ataque "massivo" de drones à capital Kiev na noite de sexta-feira. Isso ocorre após uma semana de intenso bombardeio russo que matou pelo menos 55 pessoas em Poltava, no centro da Ucrânia, e outras 7 em Lviv, no oeste.

A Rússia também anuncia quase diariamente a destruição de drones ucranianos lançados contra seu território. Um grande incêndio causou uma detonação explosiva no sábado após um ataque na região russa de Voronezh, na fronteira com a Ucrânia.

Os sistemas de defesa aérea russos também "detectaram e neutralizaram um drone" no início da manhã, de acordo com uma mensagem publicada pelo governador Alexander Gusev no Telegram, sem deixar feridos,

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Com informações da AFP

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