EUA: Matt Gaetz desiste de ser Procurador-Geral no novo governo Trump

O deputado pela Flórida, Matt Gaetz, apontado por Donald Trump para ser o novo Procurador-Geral dos Estados Unidos anunciou sua desistência do cargo na tarde desta quinta-feira (21). Em uma mensagem na rede social X, ele afirmou que a confirmação de seu nome criaria uma "distração" para o trabalho do novo governo. 

 

Gaetz segue dizendo que teve "excelentes reuniões com senadores" na quarta-feira (20) e agradeceu o retorno atencioso e o "apoio incrível de tantos". Porém, explicou que embora o momento fosse decisivo, ficou "claro que a sua confirmação tornava-se uma distração injusta para o trabalho crítico da Transição Trump/Vance".

Na mesma mensagem ele disse não haver "tempo a perder com uma briga desnecessariamente prolongada em Washington", e que portanto retiraria a consideração de seu nome para servir como Procurador-Geral. 

Gaetz terminou dizendo que continuava "totalmente empenhado em garantir que Donald J. Trump seja o presidente mais bem-sucedido da história" e que se sentia honrado. 

Ao anunciar Matt Gaetz, Trump apostava em uma nova configuração de poder republicano em Washington. Desde que começou a formar o seu futuro governo, o presidente eleito tem oscilado entre nomeações relativamente convencionais e escolhas surpreendentes. Todos os nomes, porém, têm algo em comum: uma relação pessoal com o presidente eleito.

Se em seu primeiro mandado, no início de 2017, quando ainda era um novato na política, Trump se cercou de figuras republicanas clássicas com as quais não tinha relação de trabalho ou confiança prévia, agora ele tem nomeado apoiadores que participaram de comícios de campanha, o visitaram regularmente em sua residência de Mar-a-Lago, ou o apoiaram ardentemente na televisão.

O deputado já havia apresentado até a sua carta de renúncia à Câmara, e se dizia pronto para assumir uma posição que tem supervisão direta do Departamento de Justiça ? órgão que, segundo Trump, o teria perseguido em processos envolvendo retenção de documentos governamentais e tentativas de reversão do resultado da eleição de 2020.

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Gaetz também foi alvo de uma investigação de tráfico sexual, encerrada em 2023 após o Departamento de Justiça, sob a gestão de Biden, optar por não apresentar acusações.

A equipe de Trump promete uma agenda intensa nos primeiros 100 dias de governo, focando na implementação do plano "Make America Great Again". O novo presidente pretende atuar rapidamente em pautas populares junto ao público, incluindo a alta dos preços e a imigração irregular.

Outros nomes

Entre os indicados por Trump para assumir postos no novo governo republicano, destacam-se figuras como o senador Marco Rubio para o cargo de Secretário de Estado, o ex-apresentador da Fox News, Pete Hegseth, como Secretário de Defesa.

Além deles, Robert F. Kennedy Jr. foi escolhido para liderar o Departamento de Saúde e Serviços Humanos, e a ex-congressista Tulsi Gabbard foi nomeada Diretora de Inteligência Nacional.

Com o objetivo de reduzir gastos federais e implementar reformas estruturais, Elon Musk e Vivek Ramaswamy foram designados para coliderar o recém-criado Departamento de Eficiência Governamental.

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Na terça-feira (19), Trump nomeou Linda McMahon, ex-presidente da WWE (World Wrestling Entertainment), para o cargo de ministra da Educação, uma instituição federal que o presidente eleito prometeu enfraquecer, em meio a intensas divisões nos Estados Unidos entre progressistas e conservadores.

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