Paris sedia conferência internacional pela Síria para apoiar transição no país após queda de Assad
Dois meses após a queda do regime de Bashar al-Assad, a França sedia uma terceira conferência internacional sobre a Síria nesta quinta-feira (13). O objetivo é coordenar a ação regional e internacional e apoiar o processo de transição em Damasco.
Esta é a terceira conferência sobre a Síria organizada desde a queda do regime de Bashar al-Assad, em 8 de dezembro. Pela primeira vez, ela será realizada na Europa e reunirá os países do G7, europeus e árabes, além da Turquia e da ONU. Os dois encontros anteriores aconteceram na Jordânia e na Arábia Saudita.
O objetivo da reunião é estabelecer uma autoridade representativa que assegure a transição no país, além de mobilizar os parceiros de Damasco para melhorar a ajuda à Síria.
Além das tradicionais reuniões entre ministros das Relações Exteriores, representantes da sociedade civil também foram convidados para fazer suas próprias recomendações nesta quarta-feira (12) sobre a transição política no país.
Na manhã desta quinta-feira, também está previsto um workshop com doadores internacionais.
Uma das demandas das autoridades de transição sírias é o fim das sanções impostas pelo Ocidente ao regime de Bashar al-Assad, que prejudicam ainda mais o país, destruído por 13 anos de guerra.
Segundo as ONGs presentes na Síria, as sanções adotadas pelos países ocidentais pioram a crise humanitária.
#Syrie | Après les conférences d'Aqaba ??, puis de Riyad ??, la conférence de Paris sur la Syrie s'ouvre aujourd'hui, autour de l'appui à la souveraineté et à la sécurité, à la gouvernance et à la stabilisation, à la réconciliation et à la lutte contre l'impunité.@jnbarrot
? France Diplomatie ???? (@francediplo) February 13, 2025
"Fim de sanções é urgente"
Para a ONG Mehad, uma das principais ONGs de saúde que atuam na Síria, o fim das sanções é urgente, e sua manutenção impede a implementação de medidas para ajudar o povo sírio.
"O processo de ajuda massiva à Síria está bloqueado: as agências humanitárias da ONU não têm pressa e as grandes ONGs tradicionais estão ausentes", diz o presidente da ONG, Mego Terzian.
"Como as sanções que pesaram sobre a Síria de Bashar al-Assad continuam operantes, há grande desconfiança dos doadores institucionais quando se trata do financiamento de projetos humanitários na Síria", acrescentou. "Os Estados ocidentais parecem ter caído em sua própria armadilha. De um lado, querem ajudar o povo e as autoridades sírias. De outro, as sanções os impedem de fazê-lo", concluiu Terzian.
(Com AFP)
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