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Crime ocorrido há 12 anos pode ajudar a desvendar morte de dona de casa em Mairiporã (SP)

Geralda Lucia Ferraz Guabiraba foi encontrada morta em Mairiporã (Grande São Paulo), em 14 de janeiro - Acervo Pessoal/Reprodução/Facebook
Geralda Lucia Ferraz Guabiraba foi encontrada morta em Mairiporã (Grande São Paulo), em 14 de janeiro Imagem: Acervo Pessoal/Reprodução/Facebook

Janaina Garcia

Do UOL, em Mairiporã (SP)

20/01/2012 13h31

As informações sobre uma jovem encontrada morta com o rosto desfigurado e sem os olhos em setembro de 2000 poderão ser úteis à Polícia Civil de Mairiporã (Grande São Paulo) na investigação da morte da dona de casa Geralda Lúcia Ferraz Guabiraba, 54, que foi encontrada morta na madrugada do último sábado com características semelhantes.

A opinião é do advogado Nathan Rosemblatt, delegado aposentado que há 12 anos tenta solucionar o assassinato da jovem Alessandra Martins, morta aos 22 anos. À época, o corpo da vítima foi encontrado na zona sul de São Paulo.

Rosemblatt esteve na delegacia de Mairiporã nesta sexta-feira (20), mas não conseguiu falar com a delegada chefe, Claudia Patrícia Dálvia. Ela conduz depoimentos do caso. Duas pessoas já foram ouvidas, mas a polícia ainda não confirmou quem são. Para hoje, contudo, eram esperados três funcionários do prédio em que a dona de casa morava, na capital paulista.

Para o delegado aposentado, ainda que as motivações nas duas mortes possam ser distintas, são estranhas as semelhanças na execução do crime.

"Apesar do tempo decorrido, é bom investigar a fundo, para que se evitem novos casos", defendeu. Mas ressalvou: "Alessandra foi subjugada; a vítima agora teria ido ao encontro de alguém. E no caso passado, vi mais motivação emocional, como inveja ou ciúmes. Ela era uma jovem linda", declarou.

Para Dálvia, uma das hipóteses é que Geralda tenha sido morta em um ritual de magia negra --o corpo da vítima foi encontrado na Pedra da Macumba, local onde são comuns rituais religiosos. Geralda era mulher de José Pereira Guabiraba, um dos diretores comerciais do Grupo Estado.

A polícia aguarda o laudo da perícia que apontará, por exemplo, quais as últimas movimentações da vítima na internet. O computador dela está sob análise. Imagens de câmeras de segurança também estão sendo analisadas.