Vazamento de petróleo no pré-sal pode ser de 160 barris e não chegará à costa, diz Petrobras
A Petrobras divulgou uma nota na tarde desta terça-feira (31) afirmando que na manhã de hoje ocorreu um vazamento na área do pré-sal, na bacia de Santos, em São Paulo. “Uma estimativa preliminar aponta a possibilidade de terem vazado 160 barris de petróleo. Não há possibilidade do petróleo chegar à costa brasileira”, diz a empresa em nota oficial.
De acordo com a companhia, ocorreu “um rompimento na coluna de produção do [navio-plataforma] FPWSO Dynamic Producer, que está localizado a cerca de 300 quilômetros da costa do Estado de São Paulo em local onde a profundidade é 2.140 metros”. Ainda segundo a Petrobras, este navio-plataforma realizava um teste de produção na região.
A Petrobras afirma que o sistema foi fechado automaticamente e que o sistema está em segurança. “O poço encontrava-se em produção com um sistema de monitoramento e registro contínuo. Após o rompimento, o sistema de segurança fechou automaticamente o poço. O poço encontra-se fechado e em condições seguras”, completa a nota.
A Petrobras afirma ainda que acionou o seu plano de emergência e que foram mobilizados todos os recursos para o recolhimento do petróleo no mar e do petróleo residual.
A companhia diz ainda que a ocorrência foi comunicada à Marinha, ao Ibama e à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A reportagem entrou em contato com os órgãos, mas ainda aguarda retorno.
As causas da ocorrência não foram esclarecidas e devem ser investigadas.
Outros vazamentos
Em novembro do ano passado, um vazamento da empresa Chevron derramou cerca de 2.400 barris de óleo na bacia de Campos, no litoral fluminense. O vazamento, ocorrido enquanto a empresa perfurava um novo poço no mesmo bloco onde já produzia petróleo no campo de Frade, levou dias para ser contido. O Ibama multou a companhia em R$ 60 milhões.
A Polícia Federal indiciou 17 pessoas e as empresas Chevron e Transocean pelo vazamento. Os indiciados responderão por crime ambiental. Segundo o inquérito, a empresa sabia do excesso de pressão no local e, mesmo assim, decidiu pela perfuração. O delegado Fábio Scliar diz que as empresas, por ganância e conduta leviana de seus executivos e funcionários, recorreram a perfurações temerárias, assumindo o risco do acidente.
No último dia 26, um vazamento da empresa Transpetro atingiu a praia de Tramandaí, no litoral norte do Rio Grande do Sul. A companhia estima que o volume de óleo derramado foi de 1.200 litros.
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