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Estudante de direito acusada de tramar morte do pai por seguro em Minas é presa no Rio

A estudante de direito Érika Teixeira é acusada pela Polícia Civil de Minas Gerais de planejar a morte do próprio pai para receber seguro de R$ 1,2 milhão - Polícia Civil/MG
A estudante de direito Érika Teixeira é acusada pela Polícia Civil de Minas Gerais de planejar a morte do próprio pai para receber seguro de R$ 1,2 milhão Imagem: Polícia Civil/MG

Rayder Bragon

Do UOL, em Belo Horizonte

29/03/2012 08h45

A estudante Érika Passarelli Vicentini Teixeira, 30, acusada pela Polícia Civil mineira de tramar a morte do pai por seguro de R$ 1,2 milhão, foi presa na madrugada desta quinta-feira (29) na cidade do Rio de janeiro. O crime ocorreu em agosto de 2010, na BR-365, próximo à cidade de Itabirito (55 km de Belo Horizonte).

Segundo o delegado Edson Moreira, chefe do Departamento de Investigações de Minas Gerais, ela foi presa por policiais civis mineiros e está sendo transferida neste momento para Belo Horizonte.

Segundo a polícia, à época do crime, Passarelli contou com a ajuda de um namorado e do pai dele, um cabo reformado da Polícia Militar de Minas Gerais, acusado de ser o executor do assassinato. Os dois estão presos e foram denunciados à Justiça pelo Ministério Público, no ano passado.

De acordo com as investigações, a estudante era a única beneficiária de três apólices em nome do pai, Mário José Teixeira Filho. Somadas, elas chegavam ao valor de R$ 1,2 milhão.

Ainda conforme a polícia, inicialmente, o pai da mulher estaria de acordo com esquema para tentar fraudar as seguradoras, simulando a própria morte. Segundo a polícia, No entanto, conforme as investigações, desentendimento entre os dois levou-a a planejar matar o pai, com a ajuda da dupla.

Histórico de delitos

Na esteira do caso surgiu a denúncia de que a estudante também faria parte esquema de tráfico internacional de crianças. A informação, repassada por testemunha à polícia, está sendo investigada pelo delegado Wagner Pinto, chefe da Divisão de Crimes contra a Vida, responsável pelo caso. A mulher também é acusada pela polícia de aplicar golpes em estabelecimentos comerciais de Belo Horizonte.

Ainda pesa contra ela acusação de que teria aplicado golpe em um taxista da cidade de Ouro Fino, no sul de Minas Gerais. Segundo a polícia, Érika Teixeira é suspeita de ter recebido R$ 165 mil por venda de uma casa na cidade, mas que na realidade pertencia à avó. Segundo as investigações, a estudante não tinha procuração para intermediar a venda nem a escritura foi repassada ao comprador.

Em outra frente, a mãe da estudante é investigada por suspeita de participação na morte de uma mulher que foi companheira do pai de Érika. O crime ocorreu em agosto de 2003, na cidade de Ibirité, localizada na região metropolitana de Belo Horizonte. Júnia Rodrigues da Cruz foi encontrada morta com perfurações de bala, no bairro Guanabara, situado no município.

Em seguida à morte, conforme as investigações, Mara Lúcia Passarelli Vicentini, ex-mulher de Mário Filho, foi munida de uma procuração a uma agência bancária e resgatou joias que haviam sido penhoradas pela vítima. À época, o penhor havia sido calculado em R$ 25 mil. De acordo com a mulher, ela teria sido obrigada pelo ex-marido a retirar as joias.