Em 2010, 45% dos adolescentes que morreram no Brasil foram assassinados, diz estudo
Dados do IHA (Índice de Homicídios na Adolescência) mostram que, em 2010, 45% das mortes de jovens com idades entre 12 e 18 anos foram causadas por homicídios no Brasil. Ainda de acordo com o estudo, divulgado nesta quinta-feira (13) pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), Observatório de Favelas e LAV-UERJ (Laboratório de Análise da Violência), a cada mil adolescentes com 12 anos, três devem morrer antes de completar a maioridade.
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O IHA apontou ainda que, se as condições que predominavam em 2010, quando foi realizado o levantamento de dados, não mudarem, 36.735 adolescentes serão vítimas de homicídio até 2016. O número equivale à população de uma cidade de médio porte, como Jundiaí (SP) ou Pelotas (RS).
As vítimas mais comuns de violência na adolescência são os jovens do sexo masculino, negros e que moram nas periferias. Ainda de acordo com a pesquisa, a arma de fogo seria o principal meio utilizado nos homicídios de adolescentes no país.
O IHA permite estimar o risco de adolescentes, com idade entre 12 e 18 anos, perderem a vida por causa de assassinatos. O índice foi calculado para os 283 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes.
O estudo é uma ação do Programa de Redução da Violência Letal Contra Adolescentes e Jovens, que visa à promoção de ações de sensibilização, à articulação política e à produção de mecanismos de monitoramento, no intuito de assegurar que as mortes violentas de adolescentes e jovens sejam tratadas como prioridade na agenda pública.
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