Viúva de vítima de desabamento no Rio quer que família de síndico seja responsabilizada
![Marinez Lacerda Mussi, mulher de Omar José Mussi, e a filha, Samara, abrem cartaz com a foto de Omar, uma das vítimas do desabamento dos prédios na avenida Treze de Maio, no Rio de Janeiro - Ricardo Cassiano/UOL](https://conteudo.imguol.com.br/2013/01/25/25jan2013--marinez-lacerda-mussi-mulher-de-omar-jose-mussi-e-a-filha-samara-abrem-cartaz-com-a-foto-de-omar-uma-das-vitimas-do-desabamento-dos-predios-na-avenida-treze-de-maio-no-rio-de-janeiro-1359115359332_615x300.jpg)
Viúva de Omar Mussi, uma das vítimas do desabamento de prédios do centro do Rio de Janeiro, Marinez Lacerda Mussi, 50, se indignou quando soube que o então síndico do edifício Liberdade, Paulo de Souza Renha, foi excluído do processo do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro), que ontem denunciou seis pessoas pela tragédia. Renha morreu na quinta-feira (24), após ter sofrido uma parada cardíaca há cerca de um mês.
Os denunciados foram Sérgio Alves de Oliveira, sócio e administrador da empresa TO Tecnologia Organizacional, que estava realizando obras em dois dos andares do prédio; Cristiane do Carmo Azevedo, que também era ligada à TO e era responsável pela fiscalização da reforma; além dos pedreiros e mestres de obra que trabalhavam no local: Gilberto Figueiredo de Castilho Neto, André Moraes da Silva, Wanderley Muniz da Silva e Alexandro da Silva Fonseca. A denúncia foi feita pelo promotor de Justiça Alexandre Murilo Graça, da 1ª Central de Inquéritos Policiais.
Para o MP, a reforma foi causadora do acidente, mas a TO contesta esse laudo.
"Eu paguei todas as dívidas do meu marido depois que ele morreu. Seria muito mais fácil se a morte dele tivesse resolvido esse tipo de problema. Então, acho que a família [do síndico] tem de assumir a responsabilidade, já que ele morreu", afirmou ela, antes da missa celebrada após um ano da tragédia, no centro do Rio.
"Ele [o síndico] era um senhor de idade, com mais de 80 anos. Eu duvido que ele administrasse o condomínio sozinho. Certamente existia algum sobrinho, algum parente, que o ajudava."
Oficialmente, após o desabamento de três prédios na avenida Treze de Maio, 17 pessoas morreram, duas tiveram a morte presumida decretada e outras três ainda são consideradas desaparecidas.
Perguntada sobre se ela acha que alguém vai ser responsabilizado, disse que sim, "porque a imprensa está pressionando". "Se nós ficássemos à mercê das idas e vindas da Justiça nesse um ano, eu não acreditaria. Em todo esse tempo, não teve nada concreto. Nada que a gente soubesse quem realmente é o culpado."
Omar Mussi era professor do curso de tecnologia da informação que acontecia na hora do acidente. Ele e Marinez, que têm uma filha, estavam casados havia 25 anos e planejavam uma festa para celebrar a longevidade da união.
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