Viúva de vítima de desabamento no Rio quer que família de síndico seja responsabilizada
Viúva de Omar Mussi, uma das vítimas do desabamento de prédios do centro do Rio de Janeiro, Marinez Lacerda Mussi, 50, se indignou quando soube que o então síndico do edifício Liberdade, Paulo de Souza Renha, foi excluído do processo do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro), que ontem denunciou seis pessoas pela tragédia. Renha morreu na quinta-feira (24), após ter sofrido uma parada cardíaca há cerca de um mês.
Os denunciados foram Sérgio Alves de Oliveira, sócio e administrador da empresa TO Tecnologia Organizacional, que estava realizando obras em dois dos andares do prédio; Cristiane do Carmo Azevedo, que também era ligada à TO e era responsável pela fiscalização da reforma; além dos pedreiros e mestres de obra que trabalhavam no local: Gilberto Figueiredo de Castilho Neto, André Moraes da Silva, Wanderley Muniz da Silva e Alexandro da Silva Fonseca. A denúncia foi feita pelo promotor de Justiça Alexandre Murilo Graça, da 1ª Central de Inquéritos Policiais.
Para o MP, a reforma foi causadora do acidente, mas a TO contesta esse laudo.
"Eu paguei todas as dívidas do meu marido depois que ele morreu. Seria muito mais fácil se a morte dele tivesse resolvido esse tipo de problema. Então, acho que a família [do síndico] tem de assumir a responsabilidade, já que ele morreu", afirmou ela, antes da missa celebrada após um ano da tragédia, no centro do Rio.
"Ele [o síndico] era um senhor de idade, com mais de 80 anos. Eu duvido que ele administrasse o condomínio sozinho. Certamente existia algum sobrinho, algum parente, que o ajudava."
Oficialmente, após o desabamento de três prédios na avenida Treze de Maio, 17 pessoas morreram, duas tiveram a morte presumida decretada e outras três ainda são consideradas desaparecidas.
Perguntada sobre se ela acha que alguém vai ser responsabilizado, disse que sim, "porque a imprensa está pressionando". "Se nós ficássemos à mercê das idas e vindas da Justiça nesse um ano, eu não acreditaria. Em todo esse tempo, não teve nada concreto. Nada que a gente soubesse quem realmente é o culpado."
Omar Mussi era professor do curso de tecnologia da informação que acontecia na hora do acidente. Ele e Marinez, que têm uma filha, estavam casados havia 25 anos e planejavam uma festa para celebrar a longevidade da união.
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