Motoristas e cobradores de ônibus decidem prolongar greve por tempo indeterminado no Rio
O Sintraturb (Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus da Cidade do Rio de Janeiro) decidiu, em assembleia no início da tarde desta sexta-feira (1º), prolongar a paralisação de ônibus que causou transtornos na região metropolitana e na Baixada Fluminense por tempo indeterminado. A paralisação dos rodoviários começou à 0h desta sexta e tinha previsão de durar 24 horas.
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Uma nova assembleia deve ser realizada na segunda-feira (4), às 18h, para decidir os rumos da greve. De acordo com o Sintraturb, sindicato vinculado à NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores), 10% dos cerca de 9.000 ônibus que circulam no Rio estiveram nas ruas nesta manhã, o percentual mínimo da frota que deve ser mantido em operação segundo a Lei de Greve.
A greve acontece justamente na data em que a capital fluminense completa 448 anos e no dia em que a presidente da República, Dilma Rousseff, cumpre agenda no Rio.
MetrôRio fez operação especial
Por causa da paralisação dos rodoviários, o MetrôRio realizou desde as 5h uma operação especial. De acordo com a concessionária, toda a frota de trens ficou à disposição dos usuários. No entanto, os ônibus do Metrô na Superfície, que fazem integração com regiões da cidade onde os trens não chegam, não funcionaram hoje. Segundo o metrô, a empresa que faz o serviço é terceirizada e os motoristas aderiram à paralisação.
Ainda segundo a empresa, 46 funcionários atuam na orientação dos passageiros nas 35 estações da cidade, e 400 agentes de segurança controlam o fluxo de usuários. A operação vai funcionar até o fim da paralisação.
Veja imagens da greve
Transtornos
A paralisação causou transtornos na cidade desde a noite de quinta (28), quando foi decretada em assembleia da categoria. Motoristas e cobradores de ônibus bloquearam a avenida Brasil (uma das vias mais importantes da cidade) em protesto, por volta das 21h, o que causou lentidão no trânsito na altura do bairro de Guadalupe, zona norte da cidade.
Cerca de 50 ônibus que circulam pela zona oeste foram apedrejados por rodoviários grevistas que promoviam piquetes nas portas das garagens das empresas Pégaso e Viação Jabour, em Campo Grande.
Nesta manhã, sem ônibus nas ruas, passageiros se aglomeraram nos pontos. Muitos acabaram recorrendo às vans, que têm circulado lotadas. Multidões fazendo longos percursos a pé formam o cenário carioca desta sexta. Táxis fazem viagens lotados, cobrando às vezes R$ 20 por passageiro.
A Secretaria Municipal de Transportes e a CET-Rio informaram que os corredores do BRS estão liberados para embarque e desembarque de passageiros de táxis.
No Twitter, usuários se queixam das dificuldades que têm tido para se deslocar na cidade. O internauta AJ Júnior (@ajrodriguezjr) desabafou: "Greve de ônibus, caos no metrô, vans lotadas. Assim começa a sexta-feira". Alice Tattianna (@alicetatianna) postou: "Depois de 50 minutos parada no ponto, eu descubro que os ônibus estão em greve".
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