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Mulher de coronel acusado de ser o mandante de crime contra juíza junta provas para inocentá-lo

Valéria Oliveira, mulher do ex-comandante do 7º BPM (São Gonçalo) Cláudio Oliveira - Zulmair Rocha/UOL
Valéria Oliveira, mulher do ex-comandante do 7º BPM (São Gonçalo) Cláudio Oliveira Imagem: Zulmair Rocha/UOL

Julia Affonso

Do UOL, no Rio

16/04/2013 22h59

Em meio às cerca de cem pessoas que compareceram ao julgamento do PM Carlos Adílio Maciel Santos, condenado a 19 anos e seis meses de prisão pela participação no assassinato da juíza Patrícia Acioli, em agosto de 2011, esteve presente na 3ª Câmara Criminal de Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro, a mulher do ex-comandante do 7º BPM (São Gonçalo) coronel Cláudio Oliveira --acusado de ser o mentor e mandante do crime.

Segundo Valéria Oliveira, ela tem comparecido a todos os julgamentos dos acusados de envolvimento na morte da magistrada, para reunir provas e dados que possam ajudar a provar a inocência do marido. 

"Eu ouço e gravo para detalhar a defesa dele. Quero que meu marido seja julgado o mais rápido possível, tenho certeza da inocência dele. Espero que esse pesadelo acabe em nossa vida. Cláudio vivia um momento muito bom na carreira dele, não havia motivo nem propósito para que ele fosse mandante de um crime tão bárbaro desse", disse a Valéria.

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"Aqui [nos julgamentos] se fala muita coisa que não é verdadeira, se insinua muita coisa. Tudo tem que ser provado, não se pode condenar pessoas com base em achismo."

Segundo ela, o coronel foi transferido no fim de março de um presídio federal em Campo Grande (MS) para outro em Porto Velho (RO), no início de abril. O último contato que os dois tiveram foi no início de março.

"Ele tem notícias do que está acontecendo, a gente conversa sobre o processo. Ele está confiante, mas muito abatido, triste. Imagina o que é você ficar 22 horas dentro de uma cela sendo inocente. Ter perspectiva de vida, de trabalho, almejar um futuro brilhante, que era a carreira dele, e de repente tudo estar detonado. Ele emagreceu 25 quilos e teve suspeita de tuberculose", disse.

Para ela, não existe contundência nas provas contra Cláudio, pois os promotores estão trabalhando em cima da delação premiada que o PM Jefferson de Araujo fez e depois retirou. "A única menção que se faz a ele no processo é nessa delação. O Jefferson negou essa delação, um tempo depois, e disse que foi obrigado a assinar. Tem 1 ano e 7 meses que meus filhos não encontram o pai. Espero que o Cláudio volte o mais rápido possível ao nosso convívio", disse.

O caso Patrícia Acioli em vídeos - 19 vídeos