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Policiais militares são presos durante duas operações da Polícia Civil de Goiás

Alex Rodrigues

Da Agência Brasil, em Brasília

09/05/2013 18h14

Cento e uma pessoas, entre elas 18 policiais militares, foram presas nesta quinta-feira (9), em Goiás, durante as operações Dilúvio e Resgate, da Polícia Civil. Elas integram a Operação PC37 que ocorre em todo o país e coincide com o Dia Nacional do Policial Civil. É “o início de uma série de ações conjuntas entre as polícias civis de todo o país", diz a nota divulgada pela Polícia Civil de Goiás.

Operação PC 27

A Polícia Civil dos 26 Estados brasileiros e do Distrito Federal realizaram nesta quinta-feira uma operação para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão por diversos crimes. Segundo balanço divulgado por volta das 20h, foram presas 2.067 pessoas.

A operação contou com 4.610 policiais e 535 delegados e resultou, além das prisão, na apreensão de 79 menores de idade, 255 armas, cerca de 178 kg de maconha, 47 kg de cocaína e 11 kg de crack. Os policias recuperaram ainda 189 veículos roubados e apreenderam R$ 176.398,10

A Operação Dilúvio envolveu 500 agentes que cumpriram 105 mandados de prisão e de busca e apreensão com o objetivo de combater os crimes de homicídio, tráfico de drogas, exploração sexual, sequestro, cárcere privado, roubo de cargas, crimes ambientais, estelionato e crimes contra a administração pública.

No total, foram presas 76 pessoas, entre elas Cleverson Pereira da Cruz que, segundo a polícia, é suspeito de ser o maior ladrão de cargas de Goiás. A ação também resultou na apreensão de armas, drogas, computadores, documentos e um caminhão carregado de produtos falsificados.

Três representantes legais de duas unidades de uma clínica de reabilitação de dependentes químicos também foram detidos. A clínica, localizada em Goiatuba, vinha sendo investigada desde setembro do ano passado. Nas duas unidades a polícia encontrou 83 pacientes internados em condições sub-humanas.

De acordo com o delegado de Goiatuba, Gustavo Carlos Ferreira, os pacientes eram mantidos em cárcere privado, sofriam torturas que, em alguns casos, incluía choque elétrico, eram privados de alimentação adequada e impedidos de receber visitas por longos períodos. O delegado disse à Agência Brasil que quase todos os pacientes apresentam lesões graves e vão ser submetidos a exame de corpo de delito.

A Operação Resgate foi deflagrada para desmantelar um esquema criminoso envolvido com homicídios, tráfico de drogas e ocultação de cadáveres. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública e Justiça informou que os crimes eram comoetidos por grupos de extermínio “em conluio com agentes públicos”. Foram presas 24 pessoas, entre elas 18 policiais militares. Os policiais apreenderam 14 armas, computadores e objetos que vão ajudar nas investigações.