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Malafaia compara Marcha para Jesus aos protestos pelo Brasil; Feliciano é ovacionado

Pastor Silas Malafaia (esq) e deputado Marco Feliciano (PSC) acompanham a Marcha para Jesus - Rogério Cassimiro/UOL
Pastor Silas Malafaia (esq) e deputado Marco Feliciano (PSC) acompanham a Marcha para Jesus Imagem: Rogério Cassimiro/UOL

Thiago Varella

Do UOL, em São Paulo

29/06/2013 17h35

Antes do início dos shows de música gospel no palco montado na praça Heróis da FEB, em São Paulo, diversos pastores ligados à organização da Marcha para Jesus fizeram pregações e orações às milhares de pessoas presentes. Coube à Silas Malafaia o papel de fazer um discurso político. Malafaia comparou a marcha aos protestos que estão sendo organizados em todo o país. O deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) decidiu não falar, mas foi ovacionado pelos fiéis.

"Não estamos preocupados com reforma política. Queremos apenas menos roubalheira e mais governo", afirmou Malafaia para os fieis que, em coro, gritavam "Jesus".

Em seu discurso, Malafaia disse que os evangélicos estavam dando exemplo de manifestação pacífica.

"Aqui não tem palavrão, não tem quebra-quebra", afirmou. "Nós somos o povo evangélico, cidadãos dessa pátria. Nós vamos influenciar todo esse país. O Estado é laico, mas não é ateu", completou.

Não faltaram críticas ao movimento LGBT, chamado no evento de "ativismo gay". Para Malafaia, o famigerado projeto da chamada "cura gay" foi algo plantado na imprensa pelos homossexuais.

"Sou psicólogo. Não conheço na psicologia a palavra cura. Desafio o presidente do Conselho Federal de Psicologia para um debate", disse.

Feliciano não quis falar em público, mas a roupa que estava usando já dava o tom de sua participação. "Eu represento vocês", dizia a camiseta do atual presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.

Em breve declaração à imprensa, Feliciano disse que não vai renunciar ao cargo e que apoiou o projeto da "cura gay" - expressão que ele diz não gostar - apenas como demarcação política. "Eu sabia que não ia passar", afirmou.