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Cabral diz que organizações internacionais estão ligadas ao vandalismo no Rio

Julia Affonso

Do UOL, no Rio

19/07/2013 13h40

Após um protesto realizado perto de sua residência no Leblon, zona sul do Rio de Janeiro, que terminou em confronto com a polícia, o governador Sérgio Cabral (PMDB), disse nesta sexta-feira (19) que organizações internacionais estão ligadas ao vandalismo.

"Você tem nesses atos de vandalismo a presença de organizações internacionais cujas redes na internet permitem um nível de comunicação entre eles que é algo que não se tinha no passado. A gente sabe que há organizações estimulando o vandalismo, o quebra-quebra", afirmou Cabral, sem dizer quais seriam essas organizações.

Na quarta-feira, agências bancárias, lojas e pelo menos uma banca de jornal foram depredadas e barricadas foram montadas com lixo incendiado durantes a manifestação. Faltou luz em vias do bairro. Moradores do bairro reclamaram do governador, da PM e do vandalismo.

Cabral disse também que não irá se mudar do bairro. Desde junho, manifestantes têm se concentrado na rua onde mora o governador para protestar contra sua gestão. Moradores do Leblon têm

"Mantenho minha residência. Eu a minha família fizemos a opção pela residência onde já morávamos. [...] O Palácio de Laranjeiras [residência oficial do governo do Estado] está fechado para restauro", disse.

Cabral afirmou ainda que a presidente Dilma Rousseff ofereceu ajuda, mas que ele acredita na segurança do estado.

Comissão

O governador explicou também como será a Comissão Especial de Investigação de Atos de Vandalismo em Manifestações Públicas (CEIV).

O grupo será composto por representantes do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, da Secretaria de Segurança do Estado e das polícias Civil e Militar.

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Para Cabral, a Comissão será de grande valia para a eficiência das investigações e para a elucidação de crimes cometidos e a aplicação da lei.

"Essa comissão dará maior efetividade às investigações que é o que a sociedade deseja. Estamos respondendo à sociedade, diante da indignação e da perplexidade com atos que aconteceram", disse Cabral.

"Caberá à CEIV tomar todas as providências necessárias à realização da investigação da prática de atos de vandalismo, podendo requisitar informações, realizar diligências e praticar quaisquer atos necessários à instrução de procedimentos criminais com a finalidade de punição de atos ilícitos praticados no âmbito de manifestação públicas", diz o artigo 2 do decreto.

A comissão começará a funcionar na segunda-feira (22), quando o decreto será publicado no Diário Oficial.

Segundo o texto, os chefes das instituições indicarão os integrantes da comissão, que será composta "por tantos membros quantos por elas considerados necessários".

A presidência da comissão caberá a um dos representantes do Ministério Público, indicado pelo Procurador-Geral da Justiça.

"A comissão contará com a estrutura administrativa necessária para o seu funcionamento, devendo as suas requisições de pessoal e infraestrutura serem atendidas com prioridade", diz o parágrafo 3 do decreto.

Protestos no Rio de Janeiro
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