Melgaço (PA) tem o pior IDH municipal do Brasil
Com uma população de quase 25 mil habitantes, o município de Melgaço, no Arquipélago de Marajó, no Pará, tem o pior IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) do país, com 0,418, figurando na faixa de cidades com muito pouco desenvolvimento humano. A maior parte da população (77,82%) vive em área rural.
O índice leva em conta dados dos censos demográficos do IBGE em três dimensões: educação, saúde (expectativa de vida) e renda. A escala varia de 0 a 1 (quanto mais próximo do 1, mais desenvolvido) e está dividida em cinco faixas (de muito baixo a muito alto desenvolvimento).
Embora esteja na rabeira do ranking nacional, Melgaço apresentou avanços nas últimas duas décadas. Em 1991, quando a cidade completou 30 anos de existência, o IDHM era de 0,177. A cidade teve um incremento no seu índice de 136,16% no período, acima da média de crescimento nacional (47,46%) e da média de crescimento do Estado do Pará (56,42%).
As 10 cidades com pior IDHM
Cidade | IDHM 2013 |
Melgaço (PA) | 0,418 |
Fernando Falcão (MA) | 0,443 |
Atalaia do Norte (AM) | 0,450 |
Marajá do Sena (MA) | 0,452 |
Chaves (PA) | 0,453 |
Uiramutã (RR) | 0,453 |
Jordão (AC) | 0,469 |
Bagre (PA) | 0,471 |
Cachoeira do Piriá (PA) | 0,473 |
Itamarati (AM) | 0,477 |
A educação e a expectativa de vida foram os marcadores que mais puxaram o índice para cima ao longo dos anos. A expectativa de vida ao nascer era de 57,8 anos em 1991. Em 2010, subiu para 71,6 anos.
A mortalidade infantil, de crianças com menos de um ano, passou de 77,1 por mil nascidos vivos em 1999 para 22,4 por mil nascidos vivos em 2010. A taxa do Estado do Pará é de 20,3 por mil nascidos, e a do Brasil, 16,7 mil.
Já em educação, quando se olha a população adulta de Melgaço, o percentual de pessoas com 18 anos ou mais que tinham o ensino fundamental completo saltou de 1,8% em 1991 para 12,34% em 2010.
O acesso à escola na cidade também melhorou consideravelmente entre a faixa mais jovem da população, mas, a exemplo do que ocorre no restante do país, manter os adolescentes nos bancos escolares se mostra um dos grandes gargalos da educação no município.
Na esteira da universalização da educação básica, conforme aconteceu nacionalmente, o número de crianças de 5 e 6 anos matriculadas subiu de 7,63% para 58,68%.
Se antes apenas 1,88% dos estudantes de 11 a 13 anos de idade estavam nos anos finais do ensino fundamental, indicando uma grande defasagem da série em relação à idade adequada, em 2010, esse percentual alcançou 35,83%.
À medida que se avança nos ciclos escolares, as evoluções ficaram mais tímidas. Em 1991, somente 0,91% dos jovens de 15 a 17 anos tinham ensino fundamental completo; em 2010, eram 6,89%.
Entre os jovens de 18 a 20 anos com ensino médio completo, eles representavam 0,64% em 1991, ante 5,63%, em 2010.
Renda foi o marcador que menos cresceu. Em 1991, a renda per capita era de R$ 110,92. Vinte anos depois, havia chegado em R$ 135,21.
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