Após reunião, professores mantêm greve no Rio; ato reúne 2.000, diz PM
Terminou sem acordo a reunião entre representantes do Sepe (Sindicato dos Profissionais da Educação) e o secretário da Casa Civil do Município do Rio de Janeiro, Pedro Paulo Carvalho (PMDB), nesta terça-feira (20), na sede da prefeitura, no centro da cidade. Com isso, a categoria optou por manter a paralisação pelo menos até sexta-feira (23).
Do lado de fora do prédio do governo, professores, estudantes e apoiadores da greve realizaram um ato que reuniu, segundo a Polícia Militar, duas mil pessoas. Dezenas de PMs, munidos de escudos e cassetetes, formaram um cordão de isolamento na frente do imóvel. Não houve registro de tumulto.
Os professores reivindicam reajuste salarial de 19% (no município) e 28% (no Estado), além de um plano unificado de cargos e salários. O grupo também reclama da decisão da prefeitura de cortar o ponto dos grevistas do município.
"A reunião não chegou ao ponto principal que é o reajuste. A prefeitura está colocando uma coisa ou outra: ou o plano de carreira ou o reajuste. E nós queremos os dois. A prefeitura alega que não tem dinheiro para o reajuste. Nós queremos ver as contas", disse o coordenador do Sepe, Alex Trentino.
As partes voltarão a se reunir nesta quarta-feira (21), dia em que está marcado um novo ato dos professores, dessa vez na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio), no centro, às 14h. De acordo com Trentino, a reunião de hoje marcou o início de uma negociação entre governo e categoria.
A coordenação do Sepe afirma que a paralisação --iniciada no dia 8 de julho-- tem a adesão de metade dos profissionais do Estado e de 90% dos funcionários municipais. Já os governos municipal e estadual afirmam que a greve foi aderida por uma "minoria".
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