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Moradores protestam após PM matar jovem de 17 anos em abordagem na zona norte de SP

Janaina Garcia

Do UOL, em São Paulo

27/10/2013 20h28Atualizada em 28/10/2013 12h21

Uma manifestação por conta do assassinato de Douglas Rodrigues,17, anos durante uma abordagem policial, na tarde deste domingo (27), terminou em vandalismo na Vila Medeiros (zona norte de São Paulo), no início da noite. O policial militar que efetuou o disparo ao atender uma ocorrência de som alto foi, segundo a PM, "autuado em flagrante delito por homicídio culposo (sem intenção de matar)". Ele foi preso e encaminhado ao presídio militar Romão Gomes, onde responderá a processo criminal.

Até as 6h, segundo a PM, os manifestantes haviam ateado fogo em pelo menos três ônibus de transporte coletivo, além de um veículo Gol em ruas do bairro. Lixeiras também foram incendiadas, e barricadas com lixo foram feitas nas vias públicas.

Ainda segundo a PM, há relatos também de depredação a lojas da região.

Em nota, a assessoria de imprensa da polícia informou que dois PMs "atendiam ocorrência de perturbação do sossego, quando suspeitaram de dois indivíduos e decidiram fiscalizá-los."

"Ao sair da viatura para realizar a abordagem, por motivo a esclarecer, houve disparo acidental, que atingiu um adolescente, de 17 anos, no tórax.  O fato se deu na rua Bacurizinho, esquina com a avenida Mendes da Rocha, por volta das 14 horas. A vítima foi imediatamente socorrida ao hospital Jaçanã, mas faleceu", diz a nota da PM.

O jovem chegou a ser encaminhado ao Pronto Socorro do Jaçanã, também na zona norte, mas não resistiu ao tiro que atingiu o tórax.

Uma testemunha, moradora do bairro, confirmou ao UOL que a abordagem da PM ocorreu por conta de som alto. "Nesta abordagem o policial ao sair do veículo acabou baleando um motorista", relatou, sob a condição de anonimato.

Além de equipes da PM, que, de acordo com a testemunha, usaram bombas de gás para conter os manifestantes, também foram encaminhados ao local um helicóptero Águia, da PM, e homens do Corpo de Bombeiros.

O caso é investigado no 73º DP (Jaçanã).