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PMs que levaram mulher arrastada em carro no Rio podem ser expulsos

Do UOL, no Rio

17/03/2014 11h22

O tenente-coronel Cláudio Costa, porta-voz da Polícia Militar do Rio de Janeiro, afirmou nesta segunda-feira (17), em entrevista à “GloboNews”, que os policiais que socorreram uma mulher baleada na comunidade Congonha, em Madureira, na zona norte, e a levaram em um porta-malas para o hospital podem ser expulsos da corporação.

Um cinegrafista amador registrou as imagens da mulher sendo arrastada após o porta-malas se abrir. Dois subtenentes e um soldado resgataram a vítima na rua Joana Resende e a colocaram dentro do porta-malas. No caminho para o Hospital Carlos Chagas, o porta-malas se abriu e parte do corpo da moradora da comunidade foi arrastado.

Segundo o tenente-coronel, a punição aos PMs envolvidos no caso será decidida após a conclusão do Inquérito Policial Militar aberto para investigar a atuação dos policiais. A prisão deles foi determinada pelo comando da corporação, e os dois prestavam depoimento nesta manhã na 2ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar.

“Lamentamos muito a forma como ela foi socorrida. É uma forma que não toleramos. Por essa razão, eles estão sendo autuados e serão conduzidos à unidade prisional”, afirmou o porta-voz da PM.

Os três policiais do Batalhão de Rocha Miranda foram autuados pelo artigo 324 do Código Penal Militar, que é deixar de observar a lei ou regulamento, dando prejuízo à administração militar.

Em nota, o comando da Polícia Militar diz que "este tipo de conduta não condiz com um dos principais valores da corporação, que é a preservação da vida e dignidade humana". A morte de Cláudia provocou dois protestos na Avenida Edgar Romero, que passa próximo à comunidade. De manhã, moradores queimaram lixeiras e interditaram a rua. À noite, eles voltara a ocupar a avenida e queimaram ônibus.

Na ação policial na comunidade da Congonha, um homem também morreu. Segundo a polícia, ele foi baleado quando atirou contra policiais.