Topo

Conheça os sete erros mais comuns do consumidor em tempos de seca

Especialistas apontam erros na hora de armazenar e fontes não confiáveis de consumo - Juca Varella/Folhapress
Especialistas apontam erros na hora de armazenar e fontes não confiáveis de consumo Imagem: Juca Varella/Folhapress

Camila Neumam

Do UOL, em São Paulo

07/02/2015 06h00

Com a crise hídrica em São Paulo e a ameaça do rodízio de abastecimento, os paulistas procuram por alternativas para estocar o máximo possível de água em casa. O problema é que mal armazenada ou retirada de fontes não confiáveis, a água pode trazer riscos à saúde e causar problemas na residência.

Os riscos estão em medidas que parecem inofensivas como acumular água em vasilhames reaproveitados, em piscinas descobertas, ou em beber água de poço e da chuva, segundo Gabriela Yamaguchi, responsável pela campanha “Água pede água” do Instituto Akatu, ONG que trabalha pelo consumo sustentável.

Para a especialista, mais do que acumular, o ideal é usar a água de maneira mais econômica e com cuidados para não contaminá-la.

Deixar de economizar

“Economizar água faz muita diferença e as pessoas estão começando a perceber. Parece um tempo de guerra, mas é a guerra que nós estamos porque é realmente difícil, mas é possível diminuir o consumo”, afirma Yamaguchi.

Medidas simples como usar o mesmo copo ao longo do dia e servir a panela à mesa, em vez de colocar o alimento em um refratário, diminuem muito o consumo de água. Depois basta acumular a louça, ensaboá-la toda de uma vez e só abrir a torneira por último. "Assim dá para diminuir o volume de 140 litros para 30 litros consumidos", disse.

Outro exemplo de economia é reutilizar a água da máquina de lavar, do banho ou da chuva para limpar o vaso sanitário. Dá ainda para usar a água da chuva para limpar quintais e apenas um copo de água para escovar os dentes, ela ensina.

Peso da caixa d'água

Outro erro na tentativa de ter mais água para o consumo é colocar a segunda caixa d’água em casa sem orientação de um especialista. Muito pesadas, se colocadas na parte superior da casa pode causar desabamentos do teto e de outras estruturas, explica o professor de engenharia mecânica da FEI (Faculdade de Engenharia Industrial), Jorge Giroldo.

“Tem que analisar se há apoio estrutural embaixo e se ela será colocada sobre paredes verticais, com vigas de sustentação de 12 centímetros de espessura. Ela não deve ser colocada sobre teto feito de materiais frágeis como gesso. Se a pessoa puder colocar no piso inferior, não corre risco nenhum, mas teria que usar uma bomba centrífuga para bombear a água para a parte superior”, afirma Giroldo.

Conheça os sete erros mais comuns na economia de água de acordo com os especialistas.