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Corpo de ciclista morto em assalto na Lagoa (RJ) é velado

Filho do médico Jaime Gold chega para o velório do pai, na zona norte do Rio - José Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo
Filho do médico Jaime Gold chega para o velório do pai, na zona norte do Rio Imagem: José Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo

Hanrrikson de Andrade

Do UOL, no Rio

21/05/2015 09h37

O corpo do médico Jaime Gold, 56, assassinado a golpes de faca durante um assalto na Lagoa Rodrigo de Freitas, na terça-feira, está sendo velado na manhã desta quinta-feira (21) no Cemitério Israelita do Caju, na zona norte do Rio.

A cerimônia é reservada para familiares e amigos. A ex-mulher da vítima, Márcia Gold, e os filhos, Clara Amil Gold e Daniel Amil Gold, chegaram ao local pouco antes das 9h. Eles não falaram com a imprensa.

Segundo o cemitério, o velório teve início com o tahará --quando o corpo é lavado, purificado e enrolado em um pano branco virgem.

A cerimônia é realizada na presença de dois homens judeus virgens, segundo explicações da administração do cemitério. O enterro está previsto para 11h.

O médico andava de bicicleta pela ciclovia da Lagoa quando foi abordado por criminosos armados com facas.

Segundo a Polícia Civil, a vítima levou três facadas no abdômen e no braço. Ele ainda chegou a passar por uma cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos.

Amigos comentam

Amigo da vítima, Adelmo Oliveira chegou ao local da cerimônia acompanhado da namorada de Jaime, a enfermeira Adriana Nobre.

Segundo Oliveira, o médico era uma pessoal especial e de "temperamento dócil". "Ele não gostava de violência. A melhor lembrança possível é a que fica", afirmou.

Já Adriana, muito emocionada, não quis falar com os jornalistas. O casal estava junto há cinco meses.

A tia de Jaime, Sarah Uderman, também se emocionou ao falar do sobrinho. "Estou muito triste. Ele foi criado com meus filhos. Eu só não fui madrinha dele porque éramos três amigas inseparáveis...", afirmou. Sem conseguir conter a emoção, ela interrompeu a entrevista.

Rosane Goldvasser, que foi colega de turma de Jaime na faculdade de medicina, disse que o sobrenome do médico "dizia tudo sobre ele". "Era um menino de ouro."

"Ele só fazia o bem. É interessante que hoje saiu uma foto dele grande no jornal, mas ele sempre foi uma pessoa muito tímida, que se ocultava", declarou.